SÃO PAULO – Na hora de comprar um carro, as duas maneiras mais procuradas são o financiamento e o consórcio. A primeira corresponde hoje a quase 80% de todos os veículos comercializados no Brasil.
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Mas afinal, qual é a melhor opção?
O consórcio não cobra juros e, portanto, passa a ser um negócio mais interessante com a alta da Selic, explica o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins, especializado em gestão de empresas do setor automotivo. “O consórcio é uma opção mais atrativa. Mas o consumidor deve prestar atenção na taxa de administração. Dependendo da empresa de consórcio essa taxa pode até equivaler ao juros”.
Para decidir qual opção é mais vantajosa, é preciso resolver uma questão matemática. Para ajudá-lo, fizemos uma simulação, utilizando um dos modelos mais vendidos no Brasil, o Novo Corolla Flex GLI 1.8. Nesse exemplo, para o financiamento incluímos a taxa de abertura de crédito (TAC) de R$ 900,00, e embutimos a taxa de juros de 1,85% ao mês ou 24,6% ao ano, valor correspondente ao mercado.
Na simulação, consideramos que o consumidor não deu nenhuma entrada, mas isso não é o mais indicado. “Quanto mais você minimizar o financiamento, melhor para as condições financeiras. Quanto maior a entrada, melhor para pagar menos juros”, afirma o professor.
Segundo ele, o ideal seria pagar à vista, mas quando não houver essa opção pague a maior quantia que puder. “Tem várias concessionárias nas mais diversas situações, com alto estoque e endividamento. Sonde o mercado e busque as melhores alternativas”, indica Martins.
As pessoas estão migrando do financiamento para o consórcio e se planejando melhor. O consórcio é mais indicado quando o consumidor não tem poupança, algo cada vez mais comum conforme a crise se estende.
A principal vantagem do financiamento acaba sendo a possibilidade de ter o carro em um curto espaço de tempo. Se você pode esperar um pouco mais, o consórcio é a melhor opção. Caso você opte por essa forma de pagamento e não esteja disposto a esperar muito tempo, poderá dar um lance ou ainda ser sorteado.
Como funciona o consórcio
Todos os integrantes realizam contribuições mensais ao grupo por um período predeterminado – 80 meses, por exemplo. A cada 30 dias, um ou mais deles são contemplados. As contribuições ao grupo continuarão a ser realizadas até que todos recebam a carta de crédito que será usada para a aquisição do bem.
No oito primeiros meses desse ano, 889,7 mil pessoas foram contempladas, de acordo com a Abac, um crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Existem duas formas de ser contemplado no sistema de consórcios. A primeira é por meio de um sorteio realizado mensalmente. A outra opção é apresentar um lance que corresponde a um percentual do valor do bem desejado.
Para entender melhor, quem opta por dar um lance em uma assembleia mensal, está na verdade antecipando prestações. Assim, vence a disputa quem puder antecipar o maior número de prestações possível. Suponha que você aceite quitar 50% da dívida, e ninguém esteja disposto a dar um lance maior, você será contemplado com a carta de crédito.
Vale lembrar que a quantia paga nas parcelas passa por reajuste todo ano, por isso, certifique-se qual foi o índice de preço estabelecido no contrato do consórcio.
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