Com aumento das vendas, Volkswagen troca layoff da fábrica de Taubaté por férias coletivas

Suspensão dos contratos teria duração de dois meses; fábrica de São José continua em layoff

Equipe InfoMoney

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A Volkswagen informou que decidiu suspender o layoff (suspensão dos contratos de trabalho) de funcionários da fábrica de Taubaté (SP), programado para ter início no próximo dia 1º de agosto. A suspensão dos contratos teria duração de dois meses. De acordo com a empresa, a decisão se deu em razão do aumento das vendas. 

“Em razão do desempenho positivo do modelo Polo, a Volkswagen do Brasil decidiu ajustar as medidas de flexibilidade para a fábrica de Taubaté (SP), cancelando o layoff previsto para iniciar em 1º de agosto, com duração de 2 meses para um turno de produção”, disse em nota, a Volkswagen.

Em vez do layoff, que iria atingir um turno dos trabalhadores da fábrica, a Volkswagen irá aplicar férias coletivas de 10 dias para os dois turnos da unidade, iniciando no próximo dia 31. A alteração está prevista no Acordo Coletivo dos trabalhadores. No formato de férias coletivas não há suspensão do contrato de trabalho.

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A empresa informou ainda que a fábrica de São José dos Pinhais continua com um turno dos trabalhadores em layoff, iniciado em 5 de junho. Já as plantas de São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) estão operando normalmente.

A montadora iniciou a paralisação da produção no fim de junho em função da estagnação do mercado, mesmo com os descontos patrocinados pelo governo federal para aestimular a venda de veículos.

A VW chegou a parar completamente a produção das fábricas de Taubaté, no interior paulista, e de São José dos Pinhais, no Paraná — que já vinha desde o início de junho funcionando em apenas um turno. A fábrica de São Bernardo ficou parada dez dias.

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Sindicato

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), o layoff em Taubaté atingiria 800 trabalhadores, por um período que poderia chegar a até cinco meses.

Inicialmente, a medida estava prevista para junho, mas foi reagendada para julho. Segundo a entidade, com o lançamento do programa de carros populares pelo governo federal, a montadora chegou a anunciar que não adotaria mais a suspensão dos contratos neste ano.

“Contudo, com a manutenção da taxa Selic, os planos foram novamente ajustados. Entre 26 de junho e 3 de julho, os trabalhadores ficaram fora da produção por meio de shutdown e dayoff, retornando no último dia 4 de julho. Logo depois, a montadora voltou a anunciar o layoff para agosto, medida que agora foi revertida em férias coletivas”, disse o sindicato, em nota.

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De acordo com o Sindmetau, o acordo coletivo da fábrica de Taubaté prevê ainda estabilidade dos empregados até 2025. Atualmente, a planta conta com cerca de 3,1 mil funcionários e produz o Polo Track.

*Com Agência Brasil.