Classe C representa mais da metade dos estudantes da rede privada

Considerando o ensino particular desde a pré-escola até os cursos de mestrado e doutorado, a classe C responde por 51,6% dos alunos

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A classe C representa a maioria dos estudantes do ensino particular, da pré escola aos cursos de mestrado e doutorado. Ao todo, do total de alunos da rede privada, 51,6% pertencem à classe média.

Os estudantes da classe A representam 8,8% do total e 18,9% pertencem à classe B. A classe D tem uma representatividade significativa na rede particular, de 19%. Já os alunos da classe E representam 1,7% do total.

Os dados são de pesquisa do Instituto Data Popular, especializado em classes emergentes, e mostram que, assim como outros segmentos da população, a classe C vê na educação uma porta de acesso para seu crescimento. Para 89% deles é possível ter perspectivas de um futuro melhor com os estudos.

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Considerando as outras classes sociais, os percentuais são semelhantes, com 89% dos estudantes das classes A e B pensando dessa forma e 84% das classes D e E também.

Educação como diferencial
Para 71% dos estudantes da classe C, educação de qualidade não se consegue apenas em escola particular. O mesmo percentual foi constatado entre os que pertencem à classe D. Entre aqueles que pertencem às classes A e B, o percentual cai para 62% e sobe para 75% entre os alunos da classe E.

Para a classe média, o que importa não é o fato de o diploma ter vindo do ensino público ou privado, mas sim o conteúdo que se aprende. Segundo a pesquisa, 84% pensam que dessa forma.

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Considerando os outros segmentos da população, os percentuais não diferem muito: 86% das classes A e B pensam dessa forma, 78% da classe D e 80% da classe E também.

Do total de estudantes da rede pública de ensino, 33,6% deles pertencem à classe C. O maior percentual é da classe D, que representa 50% do total dos alunos da rede pública. Considerando as outras classes sociais, 13,3% pertencem à classe E, 2,5% à B, e apenas 0,6% pertencem à classe A.

Investimento
A pesquisa, realizada com base nos dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra ainda que os brasileiros de todos os segmentos econômicos estão gastando cada vez mais com educação. Considerando as previsões de gastos para este ano, eles devem ser 4,7 vezes maiores que os registrados em 2002. 

Naquele ano, foram gastos 12,34 bilhões em educação, sendo que 73,5% do total desse valor foram gastos com matrículas e mensalidades. Para este ano, o instituto Data Popular espera que os brasileiros gastem R$ 57,87 bilhões, sendo que 78% desse total, ou R$ 45,13 bilhões, seja destinado à matrículas e mensalidades. 

A classe C é a que mais deve gastar com livros e material didático este ano, cerca de R$ 5,29 bilhões, ficando na frente das classes A e B (R$ 5,18 bilhões) e das classes D e E (R$ 2,27 bilhões).