Caso Gusttavo Lima: polícia suspeita de cofre, aviões e R$ 8 milhões em NFs, diz TV

Segundo polícia, cantor fez negociações com investigados por crimes de lavagem de dinheiro usando dinheiro legal e ilegal

Equipe InfoMoney

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Um cofre com R$ 150 mil em dinheiro e R$ 8 milhões para a casa de apostas online Vai de Bet, além da venda suspeita de aviões estão entre os indícios apontados pela Polícia Civil de Pernambuco para indiciar, no último domingo (29), o cantor Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo informações da TV Globo, as investigações realizadas no âmbito da Operação Integration revelaram elos do artista com uma família de bicheiros que é ligada à Vai de Bet.

Confira, a seguir, os principais argumentos da polícia para indiciar Gusttavo Lima.

Negociação irregular de aviões

Primeiro alvo de suspeita a vir à tona, a venda de aviões do cantor a empresários ligados a jogos ilegais e investigados por esquema de lavagem de dinheiro é um dos indícios que chamou atenção dos investigadores.

Segundo a polícia, as empresas de Gusttavo Lima participaram de negociações com investigados usando dinheiro legal e ilegal. Os montantes eram misturados e usados na negociação das aeronaves.

Uma aeronave da Balada Eventos foi supostamente vendida duas vezes, entre 2023 e 2024. Segundo a TV Globo, a primeira compra, de US$ 6 milhões, foi feita pela Sports Entretenimento, que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, que seria de uma família de bicheiros do Recife.

Darwin se desfez do avião dois meses após a compra, alegando problemas técnicos. Segundo a polícia, o contrato e o distrato foram emitidos no mesmo dia, 25 de maio de 2023, mais de um mês antes de laudo apontar falha mecânica no avião.

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O mesmo avião voltou a ser vendido no ano seguinte. Dessa vez, quem comprou foi a J.M.J Participações, do empresário José André da Rocha Neto, que também é alvo da operação, por R$ 33 milhões.

De acordo com a polícia, a segunda venda foi realizada sem que nenhum laudo comprovasse o reparo no avião. Além disso, a transação envolveu um helicóptero que também era da empresa de Gusttavo Lima e já tinha sido comprado por outra empresa de Rocha Neto. Na negociação, o helicóptero voltou para o cantor.

À TV Globo, os advogados de Gusttavo Lima negaram que o ator conheça Darwin Filho.

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R$ 8 milhões

A polícia avalia que outro indício de lavagem de dinheiro envolvendo Gusttavo Lima são 18 notas fiscais encontradas na sede da empresa Balada Eventos e Produções, pertencente ao cantor, em Goiânia (GO).

Elas somavam, juntas, R$ 8 milhões, por uso de imagem e voz do cantor, e haviam sido emitidas para a PIX365 Soluções, que seria a Vai de Bet, de acordo com a polícia. O que chamou atenção foram as emissões de forma sequencial, no mesmo dia, e em valores fracionados por outra empresa do cantor, a GSA Empreendimentos.

À TV Globo, a defesa do cantor alegou que os valores foram declarados e os impostos pagos. Já a defesa do responsável pela PIX365, José André da Rocha Neto, disse que as notas sequenciais são pela prestação de serviço do cantor à Vai de Bet.

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Cofre

A polícia considera também que um cofre com notas de dólares, euros e reais que somavam R$ 150 mil é mais um indício de lavagem de dinheiro. Ele foi encontrado e apreendido na sede da Balada Eventos. Segundo a TV Globo, a defesa de Gusttavo Lima alega que o dinheiro seria destinado ao pagamento de fornecedores