Boeing 737 Max-9 e incidente aéreo: 7 respostas sobre suspensão do modelo no Brasil

Porta de aviao foi arrancada no ar, e modelo passará por inspeção

Equipe InfoMoney

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O incidente com um jato Boeing 737 Max-9, da Alaska Airlines, ocorrido na última sexta-feira (5), chamou a atenção de passageiros do mundo inteiro — incluindo os do Brasil. O avião perdeu parte da fuselagem em pleno voo, o que fez a porta abrir no ar e forçou o piloto a realizar um pouso de emergência, em Portland, no Oregon (EUA). Não houve feridos.

Diante do ocorrido, a Administração Federal de Aviação (FAA), agência regulatória de aviação americana, suspendeu os voos de todas as aeronaves desse modelo nos Estados Unidos.

Seguindo a decisão, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pela regulação da aviação brasileira, também suspendeu as operações dessa aeronave no país. E é aí que o problema começa a impactar a vida do brasileiro.

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Vale lembrar que a “família” de jatos 737 Max tem apresentado problemas desde 2018, quando dois aviões caíram, matando 346 pessoas, e seus voos ficaram suspensos por 20 meses.

Veja, a seguir, as principais respostas sobre a situação.

1. O que aconteceu?

Na última sexta-feira (5), uma janela e parte da fuselagem de um avião da Alaska Airlines, com 174 passageiros, explodiu e a porta do avião abriu no ar, o que causou a descompressão em pleno voo e levou a um pouso de emergência logo após a decolagem em Portland (EUA). Não houve feridos.

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2. Quais as consequências?

Devido ao incidente, a Diretriz de Aeronavegabilidade emitida pela Federal Aviation Administration (FAA), autoridade de aviação dos Estados Unidos, determinou a suspensão das operações com a aeronave. A decisão afeta cerca de 171 aviões em todo o mundo, segundo a agência. De acordo com a agência americana de aviação, as inspeções nos modelos da Boeing demoram de quatro a oito horas por aeronave.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA informou que investigará o caso. A Boeing, fabricante do jato, disse, em comunicado à imprensa, que concorda e apoia a exigência de inspeção imediata das aeronaves.

3. O que o Brasil tem a ver com o incidente nos EUA?

A medida também atingiu o Brasil, onde a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), seguindo a decisão da FAA, ordenou a suspensão das operações com esses modelos.

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A ordem veio após uma correção de comunicado da própria Anac. Primeiramente, a agência informou que não havia modelos desse tipo operando no Brasil. Porém, a Copa Airlines oferece rotas com esse avião no país.

4. Quais as rotas afetadas?

A Copa Airlines é a única que voa com os Boeing 737 Max-9 em suas rotas para o Panamá, com voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro.

5. Qual a situação dos voos?

Conforme a atualização mais recente, de domingo (7), por volta das 12h15: em São Paulo, dos cinco voos previstos para o dia, três foram cancelados. No Rio de Janeiro, dos dois programados, um partiu com atraso de quase oito horas e o outro voo foi cancelado.

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O InfoMoney entrou em contato com a Copa Airlines e solicitou uma atualização da situação dos voos operados pela companhia que ligam o Brasil ao Panamá, mas, até esta publicação, não obteve retorno.

6. O que a Copa Airlines já fez?

A companhia aérea informou, no sábado (6), que “suspendeu temporariamente as operações de 21 aeronaves 737 Max-9, até que sejam submetidas à revisão técnica necessária”.

A empresa também disse já ter iniciado as inspeções técnicas e que espera que as aeronaves retornem “à programação de voos de forma segura e confiável nas próximas 24 horas”.

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“A equipe da companhia aérea está trabalhando para minimizar o impacto para seus passageiros, embora alguns atrasos e cancelamentos sejam esperados devido a essa situação fora do controle da empresa”, afirmou a companhia.

7. O que os passageiros podem fazer?

De acordo com a Anac, as regras em vigor no país determinam que o cancelamento programado de voos precisa ser informado aos passageiros com, no mínimo, 72 horas de antecedência.

Se isso não acontecer, o “transportador deve oferecer alternativas de reacomodação ou reembolso integral”, explicou a agência. Segundo a Anac, em situações de cancelamento, o passageiro tem direito de escolher entre reacomodação (em outro voo) ou reembolso integral.

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O InfoMoney também entrou em contato com a Copa Airlines sobre orientações aos passageiros que estão envolvidos neste imbróglio e aguarda retorno.

Em nota, o Procon de São Paulo também informou que notificará todas as companhias aéreas “para orientar e atender os consumidores eventualmente prejudicados com atrasos ou cancelamentos de voos.”