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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou em março reajustes de até 12% nas contas de luz em 4 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais). As novas tarifas já estão em vigor para 3 distribuidoras, e há inclusive reajustes negativos (caso da Enel no Rio de Janeiro).
As novas tarifas já impactam diretamente 8,2 milhões de unidades consumidoras em 148 cidades (quase 20 milhões de pessoas, segundo as empresas, cerca de 9% da população brasileira). O levantamento foi feito pelo InfoMoney com base em anúncios recentes da agência reguladora.
O maior reajuste (+12,67%) foi para consumidores de alta tensão da CPFL Santa Cruz, subsidiária da CPFL (CPFE3). A distribuidora atende a 496 mil unidades consumidoras em 45 cidades, sendo 39 no interior de São Paulo, 3 no Paraná e 3 em Minas Gerais.
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Cada unidade consumidora pode atender a várias pessoas ou um comércio ou empresa, por isso as quase 500 mil unidades pela distribuidora representam mais de 1 milhão de pessoas atendidas. As principais cidades da concessão são Itapetininga, Ourinhos, Avaré e Jaguariúna (todas em SP).
O reajuste médio da CPFL Santa Cruz ficou em 9,02%, pois a alta na conta de luz para os consumidores de baixa tensão foi menor (+6,85%). Para os consumidores residenciais (B1), que fazem parte da baixa tensão, a tarifa subiu 5,94%.
A alta foi aprovada pela Aneel na terça-feira da semana passada (21) e entrou em vigor na quarta-feira (24). A agência diz que a devolução integral de créditos de PIS/Cofins teve um efeito de -3,40% nas tarifas e o repasse da privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), de -2,81%, mitigando o reajuste.
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Rio de Janeiro
Já o menor reajuste (-4,91%) foi para consumidores de alta tensão da Enel Rio de Janeiro, subsidiária da Enel — a empresa italiana tem também concessões em São Paulo e no Ceará e em 2022 vendeu sua operação em Goiás por R$ 7,5 bilhões, após uma série de problemas.
A Enel atende a 3 milhões da unidades em 66 cidades fluminenses, inclusive Niterói, São Gonçalo, Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis. São mais de 7,1 milhões de pessoas na área de concessão (73% do território do Rio de Janeiro), segundo a companhia.
O reajuste médio ficou em -3,28%, puxado pela energia mais barata para a alta tensão, mas para a baixa tensão os preços subiram 6,18%. Para os consumidores residenciais, a alta foi de 6,01%.
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A terceira distribuidora com reajustes aprovados foi a Light (LIGT3), que atende a 2,7 milhões de unidades consumidoras em 37 cidades do Rio (inclusive a capital). A empresa diz possuir 4,3 milhões de contratos ativos e fornecer energia para cerca de 11,6 milhões de pessoas.
A alta média para seus clientes foi de 7,00%, sendo 6,03% para a alta tensão e 7,47% para a baixa tensão (7,40% para consumidores residenciais). Tanto as novas tarifas da Light quanto as da Enel Rio foram aprovadas pela Aneel no dia 14 e entraram em vigor no dia 15.
Veja os reajustes já autorizados pela Aneel em março:
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Estado | Distribuidora | Empresa | Reajuste médio | Alta tensão | Baixa tensão | Consumidores residenciais | Número de unidades consumidoras* |
SP** | CPFL Santa Cruz | CPFL (CPFE3) | 9,02% | 12,67% | 6,85% | 5,94% | 496 mil em 45 cidades |
RJ | Light | Light (LIGT3) | 7,00% | 6,03% | 7,47% | 7,40% | 4,7 milhões em 37 cidades |
RJ | Enel Rio | Enel | -3,28% | -4,91% | 6,18% | 6,01% | 3 milhões em 66 cidades |
* Cada unidade consumidora pode atender a várias pessoas ou um comércio ou empresa
** 39 municípios em SP, 3 no PR e 3 em MG
Segundo a Aneel, fazem parte do segmento alta tensão as classes A1 (230 kV ou mais), A2 (entre 88 e 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Na baixa tensão estão as classes B1 (residencial, inclusive a subclasse residencial baixa renda); B2 (rural); B3 (industrial, comercial, serviços, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (iluminação pública).
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