Equatorial (EQTL3) adquire Celg-D, distribuidora de energia de Goiás, por um valor total R$ 7,5 bilhões

Além da Equatorial, Neoenergia, CPFL e EDP se mostraram interessadas na aquisição da distribuidora que atua no estado de Goiás

Equipe InfoMoney

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A Equatorial (EQTL3) anunciou na manhã desta sexta-feira (23) que fechou com a Enel a aquisição do controle total da Celg-D por um valor total de R$ 7,5 bilhões – sendo R$ 5,7 bilhões em dividas assumidas e R$ 1,6 bilhão em pagamento.

O preço de aquisição, segundo documento publicado na Comissão de Valores Mobiliários, poderá ainda ser acrescido de um earn-out em função de pagamentos e recebimentos de contingências. A Celg-D, concessionária de distribuição e de comercialização que atende 237 munícipios em Goiás, terá doze meses, a partir do fechamento da operação, para pagar suas dívidas.

A Equatorial fez recentemente um follow on no qual levantou R$ 2,8 bilhões e tem mais de R$ 10 bilhões em caixa, que serão usados para pagar a aquisição.

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A venda da Celg-D pela Enel foi circulada pela primeira vez no começo de abril. Organizada pelo Itaú BBA, segundo comentários, a venda atraiu o interesse de outras empresas como a Energisa (ENGI11), a CPFL (CPFE3) , a EDP e a Neoenergia (NEOE3).

De acordo com notícia do Valor Econômico, a transação foi feita através de lance único – sendo que, no primeiro momento, circulou que a antiga detentora da empresa esperava receber cerca de R$ 10 bilhões pelos ativos.

A Enel adquiriu a Celg-D em 2018 e, desde então, a empresa se tornou uma espécie de dor de cabeça, devido aos apagões que acontecem no estado em que atua.

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Após um ano da compra, de R$ 2,2 bilhões, a companhia italiana reconheceu uma base de ativos regulatória de R$ 3 bilhões e, posteriormente, houve ainda investimentos de ao menos R$ 5 bilhões. Mesmo assim, a empresa estava tendo dificuldades em cumprir suas metas regulatórias, uma vez que os aportes realizados pela Enel não haviam sido ainda incluídos na base de remuneração regulatória.

Agora, a conclusão da aquisição sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela agência reguladora Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).