Airbnb registra mais de 1 milhão de reservas pela primeira vez desde março

Parte das reservas correspondem a viagens de curto prazo e com destinos domésticos

Pablo Santana

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SÃO PAULO – O Airbnb registrou, no último dia 8 de julho, a marca de mais de 1 milhão de reservas em sua plataforma no mundo todo. Foi o primeiro dia, desde 3 de março, que a empresa atinge esse resultado em meio à pandemia.

Impactado severamente pelas medidas restritivas de distanciamento social para conter o avanço do coronavírus, o Airbnb viu as reservas caírem ao redor do mundo e suas expectativas de receita para este ano reduzirem pela metade, em relação aos números alcançados em 2019.

Segundo a companhia, as reservas foram feitas em mais de 175 países, com foco em viagens domésticas. “No Airbnb, acreditamos que o desejo das pessoas de se conectar só se fortaleceu durante o isolamento social. Nosso negócio ainda não se recuperou, mas temos visto sinais encorajadores”, disse a empresa em nota.

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As viagens de curto prazo, com início em até 30 dias: ou seja, começando em 7 de agosto ou antes, representaram a maior parte das reservas feitas no período.

Por conta da crise, a startup de São Francisco anunciou a demissão de cerca de 1.900 funcionários em todo o mundo – o equivalente a 25% da sua força de trabalho e passou a se concentrar em estadias de longo prazo.

Segundo o CEO Brian Chesky, os últimos investimentos (US$ 2 bilhões) feitos pela empresa no auge da pandemia terão os recursos direcionados para as mudanças sociais causadas pela pandemia e adoção da economia compartilhada.

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A companhia já consegue, inclusive, identificar essas mudanças com o aumento do número de reservas em suas plataformas. Cerca de metade delas contemplava destinos a menos de 500 km do local de residência dos hóspedes, distância tipicamente percorrida de carro.

Os viajantes também têm procurado opções mais acessíveis. Grande parte das reservas feitas em 8 de julho foi para acomodações que custavam até US$ 100 por noite.

A demanda reprimida pode desempenhar um papel importante nesse movimento, de acordo com o Airbnb.

“As reservas de curta temporada na plataforma estão se recuperando, pois são percebidas pelos hóspedes como uma maneira responsável e segura para viajar”, informou a empresa, que adotou novos protocolos de higienização em suas locações.

Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios