Aeroporto de Congonhas receberá R$ 2 bi para dar conta de 34% a mais de passageiros

Segundo maior aeroporto de SP será modernizado para receber mais aviões e dar maior comodidade aos usuários

Anna França

Transtornos causados pela greve de pilotos e comissários, no aeroporto de Congonhas (Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

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Segundo maior aeroporto de São Paulo, Congonhas é uma das principais portas de entrada para a capital paulista. Localizado na zona sul de São Paulo, o aeroporto, no entanto, já estava quase com sua capacidade estrangulada, o que prejudicava muito os passageiros.

Para mudar essa realidade, a nova gestora do terminal, a Aena Brasil, anunciou que investirá cerca de R$ 2 bilhões para modernizar e ampliar a capacidade do terminal. O anúncio foi feito na segunda-feira (25) pela empresa junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Para proporcionar maior comodidade aos 22 milhões de passageiros que embarcam e desembarcam anualmente no segundo terminal mais movimentado do país, os investimentos serão divididos entre ampliação da infraestrutura e melhoria na mobilidade. Assim, o aeroporto receberá um novo terminal de passageiros até 2028.

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Segundo o presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, com as melhorias, o aeroporto terá capacidade para receber aviões maiores, como o Airbus A321, e realizar voos internacionais para países da América Latina. Com isso, poderão ser recebidos até 29,5 milhões de passageiros por ano, sem alterar o número de pousos e decolagens, 34% a mais do que a capacidade atual.

“As obras vão trazer planejamento e desenvolvimento para o estado de São Paulo, mas, sobretudo, melhoria aos passageiros que vem visitar o estado”, disse Costa Filho. O plano de investimentos conta com obras complexas para comportar o aumento de turistas projetado pela concessionária.

Previstas para serem concluídas até 2028, as obras irão ampliar a área de embarque e desembarque, chegando a 105 mil metros quadrados. O local também terá um novo salão de check-in com 72 posições amplas e acessíveis, podendo chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento. As pontes de embarques também serão ampliadas, passando de 12 para 19, garantido que, ao menos, 70% das operações de embarque sejam realizadas diretamente até a aeronave. Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto e 13 leitores automáticos de cartão de embarque.

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No total, o sítio aeroportuário também terá ganho de capacidade operacional. Com um novo pátio de 215 mil metros quadrados para a aviação comercial, que comportará aumento de 30 para 37 posições de parada de aeronaves, sendo 19 nas pontes e 18 remotas. Após as intervenções, todas as posições de parada estarão prontas para receber aeronaves comerciais maiores e modernas.

Costa Filho pediu prioridade para que metade das obras possam ser realizadas até 2026, para levar maior conforto dos passageiros. “O Aeroporto de Congonhas é um patrimônio da cidade de São Paulo e do Brasil, com um papel importante para a conexão de toda a malha aérea nacional. Agora, vai se tornar mais eficiente, oferecendo muito mais espaço e conforto aos passageiros”, afirmou Santiago Yus durante o evento.

Ainda em 2024, a Aena também prevê um reordenamento das vias de acesso ao aeroporto, com um aumento de 250 metros para embarque e desembarque de passageiros. Também está prevista a implantação de um bolsão para carros de aplicativos e locadoras, bem como uma nova praça de embarque para estes carros. O sistema de ar-condicionado do terminal será atualizado ainda este ano e a área de raio-x será ampliada. Os banheiros e a fachada passarão por reformas, que já foram anunciadas pela concessionária.

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Desde o início da concessão, a Aena vem enfrentando diversos problemas e críticas, como falhas no sistema e até quedas de energia, como aconteceu no dia 15 de março deste ano, prejudicando pousos e decolagens.

Veja as principais melhorias previstas até 2028

Anna França

Jornalista especializada em economia e finanças. Foi editora de Negócios e Legislação no DCI, subeditora de indústria na Gazeta Mercantil e repórter de finanças e agronegócios na revista Dinheiro.