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SÃO PAULO – Ao receber sua conta de energia elétrica, você já pensou que o lugar onde mora pode influenciar se sua conta será maior ou menor? Pois um estudo da UNB (Universidade de Brasília) revela que o adensamento imobiliário (prédios ou casas muito próximas ou altas) pode influenciar na conta de luz.
De acordo com a arquiteta e mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UNB, Valéria Morais Baldoino de Souza, que estudou “A Influência da Ocupação do Solo no Comportamento da Ventilação Natural e na Eficiência Energética em Edificações”, dissertação defendida em 2006, ao modificar o tamanho máximo permitido para a construção de edifícios em uma cidade, haverá impacto sobre a circulação de vento, o que resultará em menor conforto térmico dentro das residências e mais gasto energético.
“Se os prédios são muito altos, ou se as casas são muito coladas umas às outras, em ruas estreitas, o morador terá um gasto maior de energia elétrica porque fará mais uso de aparelhos como ventilador e ar-condicionado, além de ter uma maior dificuldade de iluminação”, explica.
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Conseqüências negativas
Para a orientadora da arquiteta, a professora doutora Marta Adriana Bustos Romero, as conseqüências são negativas tanto para a qualidade de vida dos moradores como para o País, que tem como uma de suas metas de crescimento sustentável a redução dos gastos de energia.
Além disso, aponta a doutora, bairro poucos arejados podem se desvalorizar. Como alternativa para as incorporadoras, a professora aponta a construção de edifícios altos e baixos lado a lado, além do escalonamento do mais baixo ao mais alto em duas direções.
“O estudo mostrou que o conforto térmico das moradias é maior quando há alturas variadas entre os prédios intercalados”, afirma.