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A psicologia correta que você precisa para fazer dinheiro no day trade

“Através de treinamento, ele se transformou em um trader consistente e lucrativo.”
Por  Guilherme Muniz -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

“Através de treinamento, ele se transformou em um trader consistente e lucrativo.” Você já ouviu isso em algum lugar não é mesmo?

A mesma história se repete com muitos outros traders e espero que o exemplo abaixo possa ajuda-lo a melhorar sua experiência dentro do mercado financeiro, realizando operações de day trade.

Um novo dia de operações de mercado se iniciou e João estava pronto para negociar. Logo que o mercado abriu, observou uma oportunidade de compra clara dentro de seu belíssimo operacional, mas a hesitação agarrou a mão tensa e suada de João.

Ele não conseguia decidir quando entrar nessa operação. Seu plano trader dizia que a operação já havia passado do ponto de entrada, a qual deveria ter executado.

Mas ele hesitou – e se estivesse errado?

Então, decidiu esperar e observar um pouco mais, apenas para estar seguro. E esta foi a história de sua vida de trader, sempre esperando e a oportunidade passando e João congelado por seu medo da incerteza.

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“Se eu ficar de fora dessa operação, não perderei”, assim ele se consolou. Ele viu o preço subir cada vez mais. Ainda assim, hesitou!

Mas como ele ficou de fora refletindo sobre essa operação, João também começou a temer que estava perdendo a oportunidade de estar em uma operação lucrativa – ele queria entrar.

Sentiu uma urgência crescendo emaranhada dentro de seus pensamentos conflitantes. “Só mais um pouco”, seu lado hesitante sussurrou em seu ouvido.

“Entre agora nessa operação antes que seja tarde demais!” Outro impulso soou: “Sentado esperando do lado de fora não está levando João a lugar nenhum. Ele precisa entrar para ganhar.”

Essa luta interna na mente de João aumentou. Finalmente, para provar que tinha coragem de enfrentar seus medos, ele comprou.

O impulso de entrar na operação finalmente superou seu medo da incerteza. No entanto, em questão de momentos depois, o preço começou a cair e atingiu seu ponto de perda aceitável (stop loss).

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Por causa de sua hesitação, João comprou topo de mercado. Ele havia perdido a oportunidade clara de lucrar. Em vez disso, teve uma pequena perda a qual deveria ser aceitável. Essa hesitação foi fatal.

Por que João não pôde negociar?

Uma montanha russa de emoções não era o que João imaginava como seria operar no mercado financeiro.

Antes de começar a estudar sobre mercado financeiro, ele estudou a “oportunidade”.

Depois com essa profunda experiência em investimentos somente em teoria, João raciocinou que negociar ativamente dependia de um conjunto de habilidade que ele poderia aprender e desenvolver com sucesso.

Mas isso exigiria prática e treinamento – agora ele estava preparado para isso.

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No entanto, o que ele não estava preparado era para o papel que as emoções desempenham dentro do mercado e a necessidade de gerenciá-las.

Nada disso foi mencionado em seu aprendizado, ou ele não ouviu, antes de se comprometer a aprender a negociar.

Ninguém lhe falou que 90% das negociações aconteciam em sua mente – então colocar-se literalmente na linha de frente aumentou seu nível de estresse.

Depois de investir em um treinamento sólido e coerente com a realidade para desenvolver uma metodologia e um plano de negociação, ele descobriu que tinha dificuldade em manter e executar seu plano operacional.

E foi no memento em que ele passou de uma conta simulador para uma conta real para ter seu dinheiro no jogo que as coisas mudaram.

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Afinal, agora ele estava arriscando o dinheiro suado dele! Neste novo mundo, ele parecia ser puxado emocionalmente em várias direções ao mesmo tempo.

Medo e dúvida colidiram com uma impulsividade infantil que deixou João estressado e tomando péssimas decisões dentro do mercado.

João passou a vida inteira afastando as emoções como se fosse um incômodo. Agora ele sentia o caos emocional e não sabia como controla-lo.

Seja entrando ou saindo de alguma operação, João era frequentemente confundido por uma mistura de autodúvida alimentada por seu medo da incerteza ou impulsividade estimulada por seu medo de perder dinheiro.

Preso na mira dessas duas posições emocionais, sua porcentagem de operações positivas foi desanimadora. O que ele sabia é que, se não conseguisse lidar com sua natureza emocional, sua conta na corretora não sobreviveria à essa curva de aprendizado.

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No exemplo acima, João estava sendo puxado em direções diferentes por medos concorrentes.

Medo da incerteza

Inicialmente, seu pensamento estava contaminado por um medo da incerteza que o mantinha hesitantemente fora das negociações reais.

Enquanto ele assistia à subida dos preços, o medo de perder uma operação lucrativa alimentou uma entrada impulsiva em uma operação.

E sem entender como gerenciá-las, ele sabotou seu plano trader e a si mesmo.

Ao conseguir assumir a responsabilidade por seus lucros, João passou a reconhecer que poderia se tornar o trader que precisava ser.

A primeira coisa que ele aprendeu a fazer foi separar o medo biológico do desconforto psicológico.

O cérebro não consegue distinguir entre uma ameaça real à vida e um sofrimento biológico.

O sistema biológico de luta ou fuga de João estava acionado para evitar riscos porque o corpo interpreta todo o risco como uma ameaça à vida.

A motivação de seu cérebro para evitar a incerteza (risco biológico) colocou João à prova. Mas arriscar capital não é uma ameaça biológica, contudo, produz desconforto psicológico.

Ao aprender como acalmar seu corpo e mente para que o medo não levasse seu pensamento para ligação negativa e pensamentos negativos, João foi capaz de aprender a tirar a incerteza da linha de frente, antes mesmo que ela o levasse a um comportamento reativo.

E assim ele foi capaz de substituí-lo pela confiança de um gestor de risco competente.

Um gestor de risco sabe que haverá perdas, mas também haverá uma proporção maior de ganhos. Seu trabalho é gerenciar razoavelmente o risco em um número maior de negócios realizados.

Ele teve que desenvolver uma visão de longo prazo em vez de uma reação instintiva ao risco biologicamente motivado, emocional e de curto prazo.

Antes, João atribuía significado de vida ou morte a toda e qualquer negociação que realizava em sua conta real.

Com o treinamento, ele estava usando seu desconforto psicológico apenas como um lembrete de que precisava negociar a partir de um estado de espírito calmo e imparcial.

Sua capacidade de dar um passo atrás de suas respostas automáticas de medo para um estado de espírito calmo permitiu que ele desenvolvesse as qualidades de um trader de sucesso.

Livre do desencadeamento habitual do medo e do pavor, permitiu-lhe acessar recursos internos em si mesmo.

Ao cultivar esses aspectos de sua psicologia, João levou seu jogo interno de negociar no mercado para um novo nível.

Guilherme Muniz CEO da Lobos do Mercado Investimentos e produtor de conteúdo na Clear Corretora

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