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Custo ao comprar um carro: quando o caro sai barato

Na comparação entre Toyota Corolla, Honda Civic e VW Jetta, o mais barato na hora de comprar vira o mais caro na hora de manter
Por  Raphael Galante -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Caros leitores, digníssimas leitoras; um dos pontos que aflige o pessoal aqui é a clássica pergunta que sempre recebemos: qual é o melhor carro para se comprar?

É o mesmo conceito daquele médico – ou advogado – que vai na festa da família (e já começa a se arrepender de ter ido) e recebe aquelas mais diversas “consultas”, desde a tia com a sua dermatite crônica (mesmo eu sendo neurocirurgião) ou então o cunhado se consultando sobre aquele processo trabalhista (mesmo você sendo tributarista).

Enfim… cada um tem o seu carma!

A resposta nunca é padrão, e é isso o que o pessoal não entende.

Por exemplo, no caso do estagiário, o ápice do seu processo de locomoção foi ter vendido o seu Corcel II e passar a andar só de carro de aplicativo. E isso já faz mais de quatro anos. Apesar dele (tentar) trabalhar no ramo automotivo, não se vislumbra tendo um carro novamente.

Mas o caso dele é específico para ele, nunca uma verdade absoluta para todos. Pois, das quebradas onde ele mora até o seu local de trabalho, não dá mais do que três quilômetros; portanto ter um carro seria “o supérfluo do supérfluo”.

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Mas, imaginando que a maioria dos consumidores vão para uma vertente mais racional, neste adorável mundo tecnológico, existem várias ferramentas que te ajudam a solucionar esse dilema.

Temos desde a famosa tabela FIPE (que basicamente te diz o valor do veículo que será usado para fazer a sua apólice de seguro e a conta do IPVA).

Tem a recém tabela FGV/Autoavaliar, que mostra o quanto os lojistas e concessionárias pagam pelo veículo.

E vale sempre a pena visitar site de todas as montadoras que te mostram o custo de manutenção do veículo. Mas dá um trabalhão.

Pensando nisso, lá de Ribeirão Preto apareceu uma nova startup chamada Virgola que condensa todas essas informações para te ajudar na sua compra. A plataforma é tão boa quanto o Chopp do Pinguim.

Mas vamos lá:

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Fizemos um simulado dentro do segmento de Sedan Médio, conhecido como: segmento Corolla + Civic + o resto.

O que fizemos?

Comparamos o Corolla, com o Civic e o Jetta (precisávamos de um carro café-com-leite para colocar no exemplo). Uma análise apenas de valor, sem entrar no mérito das qualidades e características dos produtos.

E a regra é mais do que clara:

O caro sai barato, e o barato sai caro.

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Como assim, Arnaldo?

Dos três, o Civic foi o carro mais caro de todos. Seu valor é quase 1,5% maior que o do Corolla, e 2,5% maior que o do Jetta.

Mas considerando as despesas básicas de IPVA; manutenção; combustível e depreciação, depois de três anos o conceito muda.

O Civic passa a ser o mais vantajoso. O “custo de posse” de ter um Civic é 13% e 17% menor do que ter um Corolla ou Jetta, respectivamente.

De fato, possuir um Jetta (dentre os três), é o mais dispendioso ao final de três anos, mesmo ele sendo o mais barato dos três. Aqui, o Jetta faz jus ao conceito de que o barato sai caro.

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Por outro lado, o Civic faz jus ao nosso clichê. As imagens abaixo detalha melhor o comparativo:

comparativo de custos entre corolla, civic e jetta

comparativo de custos entre corolla, civic e jetta

comparativo de custos entre corolla, civic e jetta

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Mas, como vivemos num mundo de gosto e subjetividade; apesar do Civic ser o carro mais vantajoso (econômico) em relação aos demais, ele vende a metade do que vende o Corolla. Ou seja, para cada dois Corolla que são vendidos, vende-se um Civic.

No final, toda a racionalidade; analise e matemática não vão te dar o prazer e a satisfação de você dirigir o carro que você gostaria de ter.

Exceto quando o estagiário sonhou durante muito anos em ter um JPX (o jipe do Eike Batista nos anos 90), e conseguiu “não fazer essa burrada”. Se tivesse feito isso, teria ficado como todos aqueles que morreram com algum papel da empresa do presidiário…

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Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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