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Ações de empresas ligadas ao setor automotivo sobem mais de 135% – e deve ser apenas o começo

Setor automotivo cresceu 35% no ano; índice de empresas ligadas ao setor registrou crescimento de 33,35%, contra 9,69% do Ibovespa
Por  Raphael Galante
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Antes de começarmos, vamos aos nossos avisos legais, de novo: primeiramente, eu não sou a Bettina. Para começar, antes de ela vir para a Terra, passou na fila da beleza umas três vezes, enquanto este vil estagiário passou correndo por ela. Também não sou uma subcelebridade do Instagram que promete te deixar rico fazendo day-trade. Quem acompanha nossa coluna, sabe que temos um humor extremamente ácido e adoramos colocar “fogo no parquinho”. Mas para tudo existe um limite. Ou seja: não vou te vender relatório ou análise de investimentos, nem te ensinar a operar day-trade. Muito menos vou vender os “feijõezinhos mágicos”.

Apenas empresas credenciadas podem publicar esses documentos, que devem ser feitos por um analista credenciado e competente (já o estagiário… ele quase foi reprovado pelo Mobral).

Agora sim, vamos começar:

Caros leitores, digníssimas leitoras: o setor automotivo fechou o período de janeiro a maio com crescimento de 35% nas vendas.

Aquele blá, blá, blá sobre o segmento você já deve ter lido: a Fiat voltou a ser a “prima donna” que já foi num passado não tão distante. A paralisação da fábrica de Gravataí fez a GM despencar mais que o Botafogo. O antes onipresente-onisciente-rainha da cocada preta-decano Chevrolet Onix, antigo líder absoluto de vendas, perdeu sua coroa para o Fiat “pato” Strada, (quem ama o feito, bonito lhe parece!). A formação do grupo Stellantis foi uma das melhores coisas que aconteceram aqui em terras tupiniquins. E o Dr. Carlos continua com o seu toque de Midas fazendo e acontecendo com a CAOA-Chery.

Mas o que eu trago de novo?

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Há uns 40 dias, mostramos que decidimos acompanhar mais as empresas listadas na B3 que possuem algum vínculo (forte) com o setor automotivo.

Nesse cenário, criarmos o nosso índice acionário “tabajara” do setor automotivo, composto por: Fras-le (FRAS3); Plascar (PLAS3); Julio Simões (JSLG3); Marcopolo (POMO4); Randon (RAPT4); Tegma (TGMA3); Iochpe-Maxion (MYPK3); Mahle (LEVE3); e Vamos (VAMO3), a partir de fevereiro de 2021. Você pode reler a matéria aqui.

E como foi a evolução do nosso índice? No período de fevereiro a maio, registramos um crescimento de 33,35%, contra um Ibovespa de 9,69%, ou um crescimento de 3,5 vezes maior que o Ibovespa.

Crescimento de 33,35% é muito bom. Mas quem vem se destacando? Afinal de contas, esse resultado é uma média.

Dentro do nosso índice, os grandes destaques são a Plascar, com +137,71%; a recém chegada Vamos, com +44,52%; e, por fim (mas não menos importante), a Iochpe-Maxion com evolução de 35,21%.

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E quem está puxando o nosso índice para baixo? É a gauchada! O pessoal da Fras-le (-12,11%) e da Marcopolo (-2,53%) são os únicos que estão negativando o nosso índice (aposto que os gestores devem ser todos colorados)!

E aí, vamos detalhar algumas informações que foram divulgadas. O setor registra crescimento de 35%. Mas as vendas de caminhões avançaram 62,8%. Já a de Implementos Rodoviários teve evolução de 83%. O setor de máquinas agrícolas deve ter registrado um crescimento próximo a 55% (ninguém mais divulga as informações do pessoal de máquinas).

E quer saber o que mais? O mercado de caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e implementos rodoviários ainda tem muito o que crescer no período de 2021, 2022 e 2023. O foco aqui é com o mercado projetando um crescimento de 5% neste ano (PIB), sendo que no primeiro trimestre ele foi de 1,2% – os próximos trimestres vão vir fervendo!

Ou seja, a demanda por esse tipo de produto, que é ligada ao agronegócio e a bens de consumo, tende a impulsionar positivamente o resultado destas empresas. Fora todos os outros pontos que mencionamos na coluna anterior: o processo de renovação da frota antiga, o PROCONVE 8 e por aí vaí.

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Vou usar como exemplo o relatório divulgado pelo pessoal do grupo Randon. No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um crescimento de 4.378% na sua lucratividade. Ou, como diria o amigo do Bob Esponja (Lula Molusco): “…nunca antes na história da companhia se lucrou tanto…”. Até mesmo o pessoal da Fras-le viu a sua lucratividade crescer 16 vezes no mesmo período.

Antes de o pessoal falar que o estagiário está comprado em ações de empresas lá do pessoal lá do Sul e/ou que esta é uma matéria paga por eles, em verdade lhes digo: nestes tempos de pandemia, o que mais estamos fazendo é “investir” tudo o que é possível nas outras empresas do grupo Randon. E aqui o investimento é sem dó! A recomendação que faço é: se possível, vá lá e compre! Garanto que é satisfação garantida – na página deles (Vinhos e Espumantes – RAR Vinhos) tem a melhor opção para você! [rarvinhos.com.br]

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

Ou me segue lá (onde sou menos perdido) no Facebook, Instagram, Linkedin e Twitter.

Raphael Galante Economista, atua no setor automotivo há mais de 20 anos e é sócio da Oikonomia Consultoria Automotiva

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