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5 formas (legais) de pagar menos impostos nos seus investimentos

A época mais odiada do ano está chegando: a de declarar o Imposto de Renda! Mas existem formas de pagar menos (pelo menos nos investimentos). Saiba como!
Por  Felipe Medeiros -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O final de abril está chegando e com ele vem aquele momento tenebroso para todo brasileiro: a hora de fazer a declaração do Imposto de Renda!

O desgosto em partes vem pela complicação e burocracia de todo o processo, mas não para por aí.

Gerar e pagar a DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) em um país que devolve tão pouco para sua população é completamente desmotivador.

Bom, pelo menos até hoje eu ainda não conheci um bom samaritano que adora pagar impostos em tudo que consome, que ganha e até mesmo que possui (como IPTU e IPVA).

Por isso a boa notícia que trago nesse texto é que, pelo menos nos investimentos, existem algumas formas de você alocar seus recursos de uma forma mais eficiente para pagar menos ou até mesmo nenhum imposto.

E nem pense em sonegar impostos, isso é crime!

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O que tratarei aqui são formas totalmente legais de reduzir seus custos tributários, ou seja, práticas de elisão (e nunca evasão) fiscal.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa:

Fundos Multimercado sem come-cotas

Os Fundos Multimercado são um dos investimentos que tem mais crescido nos últimos meses.

Afinal de contas, a taxa de juros batendo mínimas atrás de mínimas fez com que muitos investidores acostumados com a tranquilidade da Renda Fixa tivessem que buscar alternativas mais rentáveis (mesmo que tivessem que correr mais riscos para isso).

E de fato existem excelentes opções de fundos no mercado hoje em dia, com nomes consagrados que nesse ano já vem entregando rendimentos superiores a 300% do CDI. De forma mais simples, isso equivale a mais de 3 vezes o que o investidor conseguiria com um CDB de grande banco na melhor das hipóteses.

Em geral esses fundos possuem a mesma tributação da renda fixa, ou seja, a tabela de IR regressiva que começa em 22,5% e vai até 15% se o investidor mantiver o dinheiro aplicado por mais de dois anos.

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Além disso, a cada seis meses (em maio e novembro) os investidores desses fundos sofrem com a incidência do come-cotas, o famigerado imposto que te cobra 15% sobre seus lucros mesmo sem você resgatar esse dinheiro.

Mas é aí que vem a grande sacada: alguns Fundos Multimercado que possuem grandes posições no mercado de ações podem ser tributados como FIA (Fundo de Investimentos em Ações).

E os FIA contam com duas vantagens principais: 1) eles são tributados no máximo em 15% sobre o lucro dos investimentos, independente do período que você mantiver seu dinheiro aplicado; 2) eles não sofrem incidência do come-cotas.

Em geral, os Fundos Multimercado que contarão com esse benefício serão os da modalidade Long & Short direcional ou Long Biased.

Por isso, se pensar em investir em Fundos Multimercado desse tipo, vale a pena levar em conta essas diferenças dentre as alternativas que você estiver avaliando para aplicar.

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Previdência Privada

Talvez você tenha pensado: “Poxa Felipe, mas eu não quero investir em um Fundo Multimercado com risco tão alto como os fundos de ações”.

Sem problemas, existe uma outra saída para você se seu objetivo for voltado para o longo prazo.

Infelizmente vejo muita gente por aí criticando sem nem ao menos entender completamente o que é Previdência Privada.

Apesar de muito mal faladas, as Previdências Privadas vêm passando por uma verdadeira transformação nos últimos meses.

Com a recente permissão de mais flexibilidade e até a instituição de taxa de performance para alguns fundos aprovada no final do ano passado, muitos gestores de grande porte e renome resolveram participar desse mercado.

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Isso abriu uma gama bem grande de oportunidades que já eram sucesso nas modalidades de fundos comuns para os fundos de Previdência Privada.

Gosta dos fundos da SPX Capital? Da Verde Asset? Da Adam Capital? Da Alaska Asset?

Pois hoje já existem (ou estão para serem lançados) fundos espelhos (réplicas idênticas) de todas essas gestoras no formato de Previdência Privada.

E o que você ganha com isso? Bom em especial duas coisas levando em conta apenas a questão tributária:

1)     Ao contrário dos fundos tradicionais, a Previdência Privada é totalmente isenta de come-cotas. E se o come-cotas já dá um impacto negativo para poucos anos, no longo prazo esse resultado fica ainda mais gritante!

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2)     Se você optar por uma modalidade de VGBL com tributação regressiva, após 10 anos de aplicação seu imposto será de apenas 10% sobre os lucros! Apenas fundos de Previdência Privada contam com esse benefício, já que fundos tradicionais pagam no mínimo 15% de imposto de renda.

Portanto se seu objetivo for investir a longo prazo, vale muito a pena considerar essas opções.

Fundos Exclusivos

Essa é uma solução para investidores de grande porte e que quase foi derrubada na semana passada.

Os fundos exclusivos, podem possuir duas grandes vantagens do ponto de vista tributário:

1)     A primeira é a da isenção do famigerado come-cotas, desde que seja constituído como um fundo fechado;

2)     Já a segunda vantagem tributária é que você só paga impostos no momento do resgate do fundo. Assim, você poderia fazer infinitas compras e vendas de ativos dentro desse fundo sem pagar um único centavo de imposto para isso. Imagine só a vantagem disso para investidores de ações bem-sucedidos.

Esses fundos possuem apenas uma desvantagem do ponto de vista tributário.

Se você quiser investir em ativos isentos de IR como CRI, CRA, LCI e LCA, então terá que fazer direto da sua conta pessoal. Afinal, esses benefícios fiscais não valem para pessoas jurídica, onde se encaixam os fundos de investimentos.

Fundos Imobiliários

O brasileiro ainda é um grande apaixonado por investir em imóveis, sejam terrenos, apartamentos, casas, salas comerciais ou demais modalidades.

E não é de se estranhar, afinal na última década esse foi um investimento que se valorizou consideravelmente e que mesmo com os últimos anos tendo passado por momentos difíceis, já ajudou muita gente a acumular um patrimônio considerável.

E nem estou falando do Trump!

No entanto, se você for colocar na ponta do lápis o tanto de dinheiro que perde com IR, ITBI, Cartório, administração da imobiliária e assim por diante, dificilmente vai acreditar no quanto já foi para o ralo com esse tipo de coisa.

E nem vou entrar no mérito da dor de cabeça que é lidar com locatário ou a burocracia da compra e venda de um imóvel.

Por sorte existe uma forma de investir em imóveis através do mercado financeiro que te poupa de toda essa dor de cabeça e ainda alivia seu bolso.

Os Fundos Imobiliários não vêm crescendo tanto nos últimos anos atoa e embora possuam uma série de vantagens em relação aos imóveis físicos tradicionais, como o foco desse texto é a questão tributária falarei apenas dela.

Em primeiro lugar, para comprar um Fundo Imobiliário você paga apenas uma taxa de corretagem que em alguns casos é praticamente desprezível (como alguns centavos por toda a operação, independente do volume investido).

Na saída, você terá que pagar um imposto de renda de 20% sobre o ganho de valorização das suas cotas (que seria equivalente à valorização dos seus imóveis). Mas é só isso!

Não tem ITBI, não tem cartório, não tem comissão do corretor e nem nada disso.

Mas o melhor deixei para o final: seus aluguéis são completamente isentos de impostos!

Portanto é só você investir seu dinheiro nos fundos que considerar as melhores alternativas do mercado para receber mensalmente dinheiro dos aluguéis limpo de qualquer custo direto na sua conta-corrente.

Debêntures Incentivadas

Fundos, fundos e fundos. Sim você já deve ter percebido a paixão que temos por essa modalidade de investimentos lá no Mais Retorno.

Mas para não deixar nenhum investidor de renda fixa sem alternativas, não podia deixar as debêntures de fora.

Até porque essas são excelentes alternativas para investidores que gostam desse tipo de investimento e estão insatisfeitos com a rentabilidade atual de CDBs e demais títulos de emissão bancária.

Imagino que você já saiba o que são debêntures ou pelo menos seu formato mais comum, mas vale lembrar que aqui estou falando das debêntures incentivadas! Ou seja, aquelas que são destinadas a investimentos das empresas em áreas de infraestrutura como portos, aeroportos, rodovias, produção de energia elétrica e assim por diante.

Afinal, esses títulos possuem uma grande vantagem em relação às modalidades tradicionais que é a isenção de imposto de renda sobre os ganhos dos investidores.

Além disso, uma coisa que poucas pessoas sabem é que até mesmo os ganhos de capital desses títulos são isentos de impostos.

Portanto se você gosta de especular com títulos públicos ganhando com a queda das taxas de juros, talvez as debêntures incentivadas sejam uma alternativa ainda mais interessante caso você tenha a oportunidade de comprar títulos bem avaliados e com boa liquidez.

Conclusão

Nesse texto procurei falar de algumas das formas menos óbvias e conhecidas de investir com menor custo tributário.

No entanto ainda existem diversas alternativas de investimentos que oferecem vantagens tributárias sobre os ganhos de forma mais direta como as citadas LCI, LCA, CRI e CRA além de outras menos conhecidas como LH.

E você, já utiliza alguma estratégia legal de economia de impostos que não foi citada nesse texto? Comente abaixo e ajude mais investidores a construir uma carteira de investimentos mais eficiente!

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