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IPO: você sabe surfar essa onda?

Aqui vão algumas dicas para acompanhar de perto as ofertas públicas iniciais de ações e estar bem posicionado caso decida aproveitar as oportunidades
Por  Pietra Guerra -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

“Mar calmo nunca fez bom marinheiro”. Essa frase poderia ser de qualquer amante do mercado financeiro. Afinal, momentos de agito trazem oportunidades com a maré.

Por ora, o mercado brasileiro anda bem agitado. Além de um noticiário no mínimo emocionante, fevereiro trouxe também a onda dos IPOs – em português, Oferta Pública Inicial.

O evento acontece quando uma empresa decide abrir o capital e passa a ter as suas ações negociadas publicamente na Bolsa de Valores.

Já foram 13 ofertas em 2021, sendo 12 só em fevereiro, e há mais 37 empresas que deram entrada no processo de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de valores no Brasil.

Esse número de fato chama a atenção se lembrarmos que, entre 2012 e 2019, nenhum ano teve mais de dez ofertas.

Você está acompanhando essa onda? Aqui vão algumas dicas para acompanhar de perto os IPOs e estar bem posicionado caso decida aproveitar as oportunidades.

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1. Saber quais IPOs estão para acontecer

As negociações sobre as ofertas passam a ser públicas quando a empresa dá entrada no processo de emissão junto à CVM. Dessa forma, a principal fonte de informação sobre as potenciais ofertas é a CVM.

Neste link é possível acompanhar as ofertas que estão em análise. Vale lembrar que não necessariamente todas vão se concretizar, pois a empresa pode decidir interromper ou cancelar o IPO no meio do processo.

2. Buscar informações sobre os IPOs que interessam a você

Entrar em um IPO significa acompanhar a empresa desde o início de suas negociações na Bolsa, o que pode ser uma ótima oportunidade de capturar o crescimento da companhia por meio da valorização das ações.

Mas isso não quer dizer que qualquer IPO é uma boa oportunidade. Afinal, para essa valorização acontecer, a empresa tem de gerar valor no longo prazo.

Dessa forma, a decisão de entrar em um IPO é muito parecida com a de qualquer outro investimento: entender se aquele negócio faz sentido e tem potencial.

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Entretanto, um IPO traz alguns pontos de atenção.

Primeiro: ele é feito para a empresa captar recursos. Então, vale entender o que a companhia pretende fazer com o capital levantado.

Outro ponto de atenção é o histórico inexistente de informação sobre o desempenho de uma ação que ainda não é negociada.

E, por último, é mais complicado encontrar dados e informações: há cada vez mais material de diferentes casas de análise, mas se, compararmos com a quantidade de relatórios sobre ações já negociadas, normalmente há menos informação disponível.

3. Conhecer o processo

Em um IPO, o valor da ação é definido na data do bookbuilding, que é como é conhecido o processo de formação do preço de estreia da ação.

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Esse preço é determinado basicamente pela relação entre a quantidade de ações ofertadas pela companhia e a demanda por elas.

O bookbuilding acontece depois do período de reserva. Até esse momento, a informação mais próxima que se tem é o intervalo de preço referência, fornecido pelo banco responsável pela emissão.

Os relatórios das casas de análise podem ajudar com projeções de preço-alvo para determinada oferta.

4. Saber como participar

O primeiro ponto é ter uma conta aberta em uma corretora, já que ela intermediará o processo.

Na plataforma de reservas, está disponível o prospecto da operação e os dados da empresa e da oferta: como os investimentos mínimo e máximo, o prazo para encerramento das reservas e a data de início das negociações.

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Importante lembrar que todas essas informações são definidas pela empresa. Ou seja, elas são as mesmas para qualquer investidor pessoa física em qualquer corretora.

Na própria área da oferta, é possível fazer a reserva da intenção de compra: o valor total que deseja investir e o preço máximo que está disposto a pagar em cada ação.

Importante saber que a reserva não pode ser cancelada após o seu período expirar.

Pronto? Peguei a onda?

Depois do período de reserva, quando todos os investidores sugeriram seu valor de compra, acontece a precificação, em que é definido o valor da ação e a alocação dos investidores.

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Caso o seu preço máximo tenha sido inferior ao valor definido no bookbuilding, você não será alocado. Vale lembrar que todos os investidores que forem alocados vão pagar o mesmo preço pela ação.

Pode acontecer também de o investidor não conseguir alocar todo o dinheiro que desejava. Isso ocorre caso a demanda tenha sido maior que a oferta.

Nesse cenário, normalmente é feito o rateio, e cada pessoa física investe um percentual do que foi reservado.

Agora sim! Você está preparado para pegar essa onda e surfar o mar de oportunidade que as novas entrantes na bolsa estão formando.

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Pietra Guerra Pietra Guerra é especialista em ações da Clear Corretora. Antes disso, trabalhou no Itaú BBA, na asset do banco francês BNP Paribas, no Bank of America Merrill Lynch e na trading de commodities Olam International Limited. É formada em administração de empresas pela Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-USP) e tem especialização no mercado financeiro pela Saint Paul Escola de Negócios

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