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Por que e como começar a investir em cripto

Se você ainda está na fase de não investir ou dar o primeiro passo porque não consegue determinar se cripto tem ou não valor, já passou da hora de se informar mais sobre criptomoedas
Por  Gustavo Cunha -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Quando escrevi em fevereiro de 2021 o texto sobre o custo de não se investir em cripto, relatei como a cripto estava entrando no mercado financeiro com várias pontes sendo construídas. Também disse que não tardaria a termos uma simbiose muito maior entre os dois mercados, deixando excluídos os que não compreendessem as criptos. E isso está acontecendo de forma bastante acelerada.

A indústria de ETFs é um grande exemplo. Os ETFs de cripto no Brasil já têm patrimônio superior a R$ 2,5 bilhões e os recentes ETFs de cripto, baseados em futuros de Bitcoin, lançados nos EUA captaram somente na primeira semana mais de US$ 1,5 bilhão.

Se expandirmos isso para outras estruturas que fazem essa ponte entre mercado tradicional e cripto esses valores são ainda maiores. Só o trust de Bitcoin da GrayScale tem quase US$ 40 bilhões em Bitcoin.

Outra forma de ver é para quantidade de clientes. Só o Mercado Bitcoin, uma das principais exchanges brasileiras, tem um número de clientes cadastrados muito próximo ao da B3. Ou seja, mais gente investindo em cripto do que comprando e vendendo ações e títulos do Tesouro Direto.

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Não há dúvida que o fortalecimento dessas pontes entre os dois mercados é um fator importante para que ele tenha atingido um total de market cap de US$ 2,7 trilhões no início de novembro.

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Para se colocar em perspectiva, isso é quase duas vezes o PIB brasileiro, ou o mesmo valor de mercado da Apple, que é hoje a maior empresa do mundo. E aqui já vale a pergunta: o que você acha que aconteceria no mercado financeiro mundial se o PIB do Brasil fosse a zero? E se a Apple pedisse falência?

Uma coisa muito discutida durante crises é o que chamamos de “too big to fail” (grande demais para quebrar). Em geral, esse conceito é aplicado a grandes empresas cujas quebras podem gerar um risco sistêmico ao mercado, tal qual um grande banco. Mas aqui acho que ele também serve. Cripto já é grande o suficiente para causar um impacto financeiro enorme caso haja alguma ruptura.

Se você ainda está na fase de não investir ou dar o primeiro passo porque não consegue determinar se cripto tem ou não valor, tem dificuldade de entender a questão da custódia, acha que tudo que investe tem que ter lastro (apesar de praticamente só investir em títulos baseados somente em confiança) ou acha que isso tudo é coisa de libertários ou pessoas que querem fazer coisas fora da lei, já passou da hora de se informar mais sobre isso. E esse primeiro passo ninguém, a não ser você mesmo, é quem deve fazer.

E para fazê-lo, vejo dois pilares importantíssimos para construir.

O primeiro é o da educação. Vá aprender sobre o que é isso, quais as semelhanças e diferenças com o mercado financeiro tradicional, por que tem crescido tanto, por que é tão volátil etc.

Quando comecei nesse mercado, esse era um tema complexo e difícil de ser encontrado, mas não é o caso hoje. Já existem inúmeros livros, textos, vídeos, cursos e outras formas de você aprender sobre esse mercado. É só procurar.

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O segundo pilar é o de colocar a mão na massa. Experimentar. Não há melhor forma de se aprender algo do que fazendo você mesmo. Isso vale para tudo na vida. Nesse começo, vale só tomar cuidado para começar com valores que não compliquem sua estabilidade financeira.

Com o tempo, você vai fortalecendo os dois pilares e, consequentemente, aumentando os valores. Tal qual a construção de uma palafita, os pilares têm que estar sempre alinhados, senão a casa fica torta e cai.

Fazendo isso com cautela, e construindo esses pilares de uma forma sólida, não tenho dúvidas que você estará preparado para ser um cidadão com entendimento do mundo em 2021. E olhe que não me limitei a aspectos somente do mercado financeiro, já que cripto há muito tempo já expandiu os horizontes para tudo o que faz parte do nosso dia a dia, de telecomunicações a imóveis, passando por arte e jogos.

E seja bem-vindo ao mundo cripto! Ou seria melhor dizer: bem-vindo ao “novo mercado financeiro”?

Fontes de informação para esse texto:
O custo de não se investir em cripto – Opinião – InfoMoney
Preços e notícias sobre as ações Apple (AAPL): Google Finance
Crypto funds see a record $1.5 billion inflows on first bitcoin ETF in US (livemint.com)
GBTC | Grayscale® Bitcoin Trust | Bitcoin Investment Trust

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Gustavo Cunha Autor do livro A tokenização do Dinheiro, fundador da Fintrender.com, profissional com mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro tradicional, tendo sido diretor do Rabobank no Brasil e mais de oito anos de atuação em inovação (majoritariamente cripto e blockchain)

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