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SÃO PAULO – Com a política de valorização do salário mínimo, empregada pelo governo Lula, cresceram, por conseqüência, os gastos de famílias que possuem empregados domésticos. A afirmação é da coordenadora de Índices de Preços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes.
Para se ter uma idéia, compilação realizada pela InfoMoney mostra que no período que compreendeu 2003 a março de 2007, a inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), foi de 29,82%. No mesmo período, os preços de serviços pessoais aumentaram 36,53% – 6,71 pontos percentuais acima do nível geral de preços.
“O impacto dessa última valorização (de R$ 350 para R$ 380) virá no levantamento de abril. Ainda não está inserido no dado de março”, explicou Eulina.
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Aumento real
Desde 2003 até este ano, trabalhadores e aposentados que dependem do mínimo tiveram um aumento real – descontada a inflação – de 23,55%. Em reais, o pagamento passou de R$ 240, em abril daquele ano, para R$ 380, a partir do mesmo mês de 2007.
Já os aumentos nos preços de serviços pessoais – que, de acordo com Eulina, são compostos majoritariamente pelos pagamentos com empregados domésticos – passaram de 0,93% em 1999 (início do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso) para 7,99% em 2006.
Veja a evolução completa na tabela abaixo:
1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007* |
0,93% | 7,27% | 5,65% | 7,53% | 7,82% | 5,01% | 9,54% | 7,99% | 1,94% |
(*): até março
Fonte: IBGE
No Plano Real
Desde o início do plano real até hoje, entre julho de 1994 e março de 2007, o aumento do preço dos serviços pessoais está acumulado em 303,13%, enquanto o IPCA registra alta de 208,87%. Isso representa uma diferença de 94,26 pontos percentuais.