Tempo médio de recolocação no mercado de trabalho caiu nos últimos cinco anos

Segundo o Dieese, em 2004, o trabalhador ficava em torno de 55 semanas à procura de trabalho; no ano passado, eram 42 semanas

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SÃO PAULO – O tempo médio que o trabalhador leva para se recolocar no mercado de trabalho caiu nos últimos cinco anos na Região Metropolitana de São Paulo.

Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2004, o trabalhador ficava em torno de 55 semanas à procura de trabalho.

No ano passado, este número já era de 42 semanas e, este ano, até outubro, de 37 semanas, uma queda de 11,90% sobre 2008 e de 32,73% frente a 2004.

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Motivos
De acordo com a economista do Dieese, Patrícia Costa, as medidas tomadas pelo governo para incentivar o consumo, bem como a política do salário mínimo, acabaram resultando em um crescimento econômico, que, consequentemente, acabou por diminuir o tempo que o brasileiro fica em busca de trabalho.

Por outro lado, explicou ela, a queda no número de semanas de procura também foi influenciada pela crise, visto que muitas pessoas perderam o emprego e estavam há pouco tempo à procura de emprego, o que acaba trazendo o índice para baixo.

Setores
No que diz respeito aos setores que mais absorveram a população desocupada, Patrícia destaca o setor da construção civil e a indústria, que, no ano passado, havia retomado os patamares da década de noventa.

“As pessoas que estavam há mais de um ano em busca de emprego passaram, nos últimos dois anos, a serem incorporadas, especialmente, pela construção civil, devido aos estímulos do governo para o setor, como o PAC e o programa Minha Casa, Minha Vida”, disse.

O comércio também apresentou crescimento na absorção de trabalhadores, porém, em um ritmo menor do que outras áreas. Já o segmento de serviço domésticos caiu nos últimos anos.