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SÃO PAULO – Em busca de uma melhor condição de vida ou para acumular dinheiro, muitos brasileiros vão morar em outros países. Mas nem sempre é fácil conseguir uma renda maior no exterior. Por isso, antes de começar a planejar a viagem, é preciso um primeiro passo: comparar o seu salário com o das pessoas do país em que pretende morar.
De acordo com o consultor financeiro Marcos Crivelaro, com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento médio da população brasileira ocupada é de R$ 1.200 por mês. Para as pessoas com nível superior, o valor mais do que dobra, para um total de R$ 2.693 mensais.
Europa
Segundo a empresa GfK Metris, os europeus ganham 12 mil euros anuais ou 1 mil euros mensais. Adotando a cotação do euro de R$ 2,55 (12/02/08), representa R$ 2.550 mensais.
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Na Suíça, que lidera a lista, a renda média anual é de 27.521 euros, o que representa R$ 5.848 por mês. No Leste Europeu, o país mais bem selecionado é a Eslovênia, com 8.800 euros anuais, ou R$ 1.870 mensais. Moldávia está na pior colocação, com o equivalente a 685 euros, ou R$ 145,56 por mês.
Para se ter uma idéia, 15.845 euros foi o que o trabalhador formal alemão ganhou, em média, no ano passado, ou R$ 3.367. No país, não há salário mínimo e o valor já considera descontos de impostos e contribuições sociais.
Na Itália, dados do Instituto Nacional de Estatística (ISTAT) mostraram que metade das famílias vive com menos de 1.872 euros mensais, ou R$ 4.773. A Espanha, por sua vez, tem mínimo de 600 euros, ou R$ 1.530, que deve aumentar para 800 euros (R$ 2.040).
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Outras regiões
Na África, por sua vez, o salário médio é de US$ 500 por ano. Tendo como base a cotação do dólar de R$ 1,75 (12/02/2008), ele equivale a R$ 875, bem abaixo do registrado no Brasil. No Egito, cerca de 45% da população sobrevive com apenas US$ 2 diários. Com relação à Ásia, na China, os operários não qualificados ganham, em média, 4 euros diários; outros, com alguma qualificação, recebem menos de 5,5 euros por dia.
Para conseguir um bom trabalho no exterior, e não viver apenas do salário mínimo, que pode ser menor do que o concedido no Brasil, o profissional deve investir em especialização. Geralmente, em alguns países, as pessoas têm uma boa formação e, para não ocupar cargos operacionais, os brasileiros devem se aperfeiçoar na carreira escolhida, em níveis muito maiores do que os exigidos no Brasil.
Isto acontece porque os brasileiros têm a desvantagem de não serem nativos e, por isso, podem não conhecer a língua por completo. Neste caso, para compensar, o mais ideal é que tenha uma boa formação técnica. Da mesma forma que não ser nativo pode se apresentar como desvantagem, também pode ser um diferencial, já que o profissional é fluente em outra língua: o português, necessário no ambiente comercial em um mundo globalizado, no qual a relação das empresas ultrapassa fronteiras.
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Quem sai do Brasil sem muita especialização pode conseguir emprego também, mas os mais operacionais. São aqueles como o trabalho em hotéis, em restaurantes, estações de esqui, parques temáticos e outros.