São Paulo perdeu em dezembro mais da metade das vagas criadas em 2008

Apesar da criação de mais de 525,6 mil vagas em 2008, São Paulo registra queda no nível de emprego formal em dezembro

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego), divulgados na segunda-feira (19), o estado de São Paulo registrou no ano passado a criação de mais de 525,6 mil novos empregos formais, liderando o ranking de contratações no ano.

Por outro lado, somente em dezembro, o estado perdeu quase 285,6 mil postos de trabalho com carteira assinada, mais da metade das vagas criadas ao longo do ano.

Setores

O aumento de 5,46% nas vagas nos meses de janeiro a dezembro de 2008 deveu-se, principalmente, à demanda do setor de Serviços que, sozinho, abriu mais de 261 mil vagas, 6,61% mais que no ano anterior.

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O maior crescimento, no entanto, ficou por conta do setor de Construção Civil, que gerou mais de 53,9 mil empregos formais – uma alta de 13,55%, a maior no ano dentre os setores.

Na outra ponta, a indústria de Transformação foi a maior responsável pela queda de 2,74% em dezembro, com perda de mais de 129 mil vagas somente nesse setor.

Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, uma das justificativas para o baixo desempenho no último mês do ano nesse setor foi a turbulência do mercado internacional, que fez a indústria começar a demitir em novembro.

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Por outro lado, Lupi afirmou, a Agência Brasil, que o pior momento da crise já passou. “O Brasil não viverá momentos mais graves do que já viveu. Teremos os meses de janeiro e fevereiro fracos na geração de empregos, mas teremos, em março, o começo da retomada forte na geração de empregos”.

Brasil

Segundo dados do Caged, em todo o país, foram gerados mais de 1,45 milhão de empregos com carteira assinada em 2008, número 10,21% inferior ao do ano anterior. O resultado foi em grande parte afetado pelo corte de quase 655 mil postos de trabalho em dezembro.

Também no último mês do ano passado, Minas Gerais e Paraná amargaram as maiores quedas no índice. O estado mineiro ficou atrás apenas de São Paulo, perdendo mais de 88 mil postos de trabalho. O Paraná ficou em terceiro no ranking, com mais de 49,8 mil demissões.