Salários na indústria voltam a cair em outubro, conforme dados do IBGE

Perda real no valor da folha de pagamento da indústria já acumula 5,9% em 2003; Rio de Janeiro e Bahia lideram perdas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Os salários no setor industrial seguiram em queda em outubro, segundo dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira, como parte de sua Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.

Indicando as difíceis condições do mercado de trabalho, o valor da folha de pagamentos dos trabalhadores do setor industrial apresentou recuo de 3,6%, em termos reais, em outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2002, com retração em onze dos quatorze locais analisados.

O acumulado de 2003 mostra perda de 5,9%, enquanto nos últimos doze meses a queda é de 5,6%. Finalmente, na comparação mês a mês, a folha volta a registrar perda real,de 0,1%, após dois meses consecutivos de expansão.

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Salários caem mais no Sudeste

A maior perda foi registrada no Rio de Janeiro, onde a folha de pagamentos mostrou forte retração de 10,3% em termos reais entre outubro de 2002 e o mesmo período deste ano, sobretudo em função da queda na indústria extrativa.

Destaque negativo também para São Paulo (-4,3%) e região Sudeste (-4,8%). Por outro lado, neste período somente as regiões Norte (+3,4%), Centro-Oeste (+2,8%), Espírito Santo (+2,8%) e Rio Grande do Sul (+0,1%) apresentaram desempenho positivo.

Horas pagas pela indústria continuam em queda

Já o número de horas pagas na indústria caiu 1,3% em relação a agosto de 2002, visto que doze dos quatorze locais onde foi realizado o levantamento apresentaram retração, principalmente no Rio de Janeiro (-5,4%) e no Rio Grande do Sul (-2,9%).

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Em contrapartida, Paraná (+2,3%) e Pernambuco (+3,3%) se destacaram positivamente, principalmente em virtude do crescimento de horas pagas no setor de alimentos e bebidas.

O indicador acumulado no ano retratou perdas de 0,8% na jornada de trabalho, que afetaram nove dos onze setores pesquisados, enquanto nos últimos doze meses o recuo foi de 0,7%.