Salário mínimo real cresceu mais de 50% nos últimos oito anos

Enquanto em 2003 a média anual ficou em R$ 340,9, o acumulado de 12 meses até abril de 2011 registrou R$ 533,7

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SÃO PAULO – A aceleração do crescimento econômico nos últimos anos proporcionou uma significativa expansão da renda per capita, conforme aponta estudo elaborado pelo Ministério da Fazenda com dados do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Como resultado das políticas de crescimento e inclusão social implementadas pelo Governo Federal, o valor do salário mínimo real – descontada a inflação – teve um aumento significativo ao crescer 56% nos últimos oito anos.

Enquanto em 2003 a média anual ficou em R$ 340,9, o acumulado em 12 meses até abril de 2011 registrou R$ 533,7.

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Redução da pobreza
Ainda segundo o levantamento, o desenvolvimento econômico do Brasil pode ser observado em outras duas dimensões: a pobreza e a desigualdade de renda.

A redução da pobreza em 51,9% permitiu que o País cumprisse, em apenas oito anos, a meta proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas) de redução desse indicador pela metade até 2015.

Isso porque, em dezembro de 2002, foram registrados 26,7% de pessoas com renda per capita inferior a R$ 137. Já em 2010, esse percentual de brasileiros caiu para 13,5%.

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Desigualdade
Outros dados demonstram que o Índice Gini, usado para medir a desigualdade de renda, tem caído continuamente nos últimos anos. Isso ocorre por conta da redução da desigualdade na renda do trabalho e da política de valorização do salário mínimo, ao lado dos programas de transferência de renda.

Com base na renda do trabalho (cerca de 75% da renda total das famílias), dados recentes mostram que a desigualdade alcançou 0,54, em março de 2011. Porém, dados mais recentes já mostram um Índice Geral de Gini de 0,53, o menor nível da série desde 1960.

Classe média em expansão
Devido à melhor distribuição de renda, desde 2003, 10 milhões de pessoas saíram da classe mais baixa (Classe E) para as mais altas. E a expectativa é que essa tendência positiva continue nos próximos anos.

Para se ter uma ideia, a Classe C incorporou 29 milhões de pessoas e atualmente possui mais da metade da população. Confira na tabela abaixo a mobilidade entre 2005 e 2009:

Classe
(Renda per capita mensal
do domicílio) 
2005 2006 2007 2008 2009
A/B (mais que R$ 4,8 mil) 8,3% 9,4% 9,7% 10,4% 10,6%
C (entre R$ 1.115 e R$ 4,8 mil) 41,8% 44,9% 46,9% 49,2% 50,5%
D (entre R$ 804 e R$ 1.115) 27,1% 26,4% 25,1% 24,4% 23,6%
E (até R$ 804) 22,8% 19,3% 18,3% 16% 15,3%