Salário mínimo pode ultrapassar os R$ 540, diz ministro

Para Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, é preciso garantir um aumento real do salário, "sem cometer irresponsabilidade"

Camila F. de Mendonça

Publicidade

SÃO PAULO – O salário mínimo pode ser maior que os R$ 540 previstos pelo Executivo, afirmou nesta quarta-feira (17), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dolci.

Para o ministro, é preciso garantir um aumento real dos trabalhadores. Pelas regras vigentes, o reajuste do salário mínimo para o próximo ano consideraria a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos últimos dois anos.

Ganho real
Pela regra, o mínimo alcançaria R$ 536,88. O reajuste seria de 5,3%, que se refere apenas à inflação deste ano, prevista pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), já que o PIB de 2009 caiu 0,2%, devido à crise econômica. Dessa forma, o reajuste do mínimo não proporcionaria um ganho real.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“O governo reconhece que a crise não foi colocada pelos trabalhadores”, afirmou o ministro, de acordo com a Agência Brasil. “O espírito da política é ter a cada ano um reajuste. Temos de continuar dando aumento, real sem cometer irresponsabilidade”, disse.

De acordo com Dulci, ao longo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o salário mínimo conseguiu um ganho real de 60%. Para o ministro, esse aumento só foi possível porque o governo ouviu e aceitou as propostas feitas pelas centrais sindicais.

Insatisfação
Pesquisa realizada pela Philips mostra que os brasileiros são os segundos a se sentirem insatisfeitos com o salário.

Continua depois da publicidade

Na média dos 23 países pesquisados, 20% dos trabalhadores estão insatisfeitos. Com índice de 45%, o Brasil empata com Taiwan e só perde para o Japão, que mais uma vez aparece na liderança do ranking, com 67% de insatisfação.