Salário: devido ao aumento do mercado informal, 55% da PEA recebe em dinheiro

De acordo com levantamento, 29% recebem por meio do sistema bancário e retira o pagamento nos caixas eletrônicos

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Mesmo com o aumento do número de usuários de bancos, 55% da PEA (População Economicamente Ativa) recebe o salário em dinheiro vivo. A explicação para o paradoxo é que houve um aumento do mercado informal de trabalho.

As constatações são de levantamento da Agência Avenida Brasil, especializada em marketing para baixa renda, e o Data Popular. Segundo os dados, 29% da PEA recebe o salário por meio de depósito em conta corrente, poupança, conta salário e retira no caixa eletrônico do banco.

Outros 5% recebem pelos mesmos meios. Porém, essa parcela retira o dinheiro no caixa das agências do banco. A pesquisa constatou ainda que 3% da PEA recebe o salário em cheque e retira no caixa dentro da agência.

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Trabalho e consumidor informais

De acordo com a pesquisa, 52% dos brasileiros trabalham na informalidade, o que significa que eles possuem renda, mas não são capazes de comprová-la. E, por isso, não conseguem abrir uma conta bancária.

Outro dado mostra que apenas 39% dos que têm cartão de crédito fazem parte do mercado formal de trabalho ou são aposentados.

O levantamento ainda constatou que, entre os usuários de cartão de crédito, 65% gostariam de usá-lo como instrumento de crédito nas compras de venda direta, varejo informal e no pagamento de profissionais liberais.

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Formas de pagamento

A baixa renda utiliza predominantemente o dinheiro como forma de pagamento. Em média, 84% das compras e pagamentos são efetuadas com dinheiro vivo. A baixa renda paga 70% das compras de roupas e calçados com dinheiro.

Em supermercados e na compra de eletrodomésticos, 71% utilizam essa forma de pagamento em detrimento das demais; e 87% das contas de consumo são pagas com dinheiro vivo.

Os maiores índices de pagamento com dinheiro são as compras em mercadinhos e mercearias de bairro (90%) e em padarias (96%). Nas farmácias, o pagamento em dinheiro também prevalece entre as classes de menor renda (80%).