Salário de executivo brasileiro cresce mais que o do norte-americano

Pesquisa revela que aumento na remuneração dos brasileiros foi de quase 20% em quatros anos e dos norte-americanos cresceu 10%

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – O crescimento da remuneração dos altos executivos brasileiros está acima do verificado entre os profissionais de mesmo nível de outros países, revela pesquisa realizada pela Towers Watson.

“São frequentes os casos em que o salário-base do subordinado no Brasil é superior ao chefe imediato fora do país”, constataram os pesquisadores.

O levantamento mostra que, enquanto a remuneração no mercado norte-americano cresceu 10% nos últimos quatro anos, os salários dos altos executivos brasileiros tiveram um aumento de quase 20%.

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“Embora este percentual não cause surpresa, uma vez que a remuneração dos executivos brasileiros acompanhou de perto a inflação acumulada no mesmo período, quando esta mesma análise é feita considerando a remuneração em dólares, a evolução do mercado local atingiu quase 50%, fruto da variação cambial positiva do real frente à moeda americana”, disseram os pesquisadores.

De acordo com a pesquisa, esse cenário tem diminuído o processo de expatriação de executivos brasileiros para outros países, já que o potencial de ganho no País dificilmente é superado.

Reajustes
Entre junho de 2009 e maio deste ano, os reajustes salariais dos altos executivos brasileiros ficaram acima da inflação medida no período. Considerando os diretores, os aumentos foram de 6,7%, contra os 5,3% medidos pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

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Entre os gerentes, no período, os reajustes ficaram em 5,7%. Os coordenadores tiveram aumentos de 6,1% e, entre os profissionais, o aumento foi de 6,3%.

Considerando os profissionais, aqueles que foram promovidos tiveram aumentos acima dos 19%. Entre os setores, os profissionais promovidos que atuam no setor de Bens de Consumo obtiveram uma elevação de 26%, ao passo que os que atuam no setor Farmacêutico tiveram um aumento de 19,6%.

Mesmo entre os não promovidos, os aumentos foram significativos, de 9,6% no setor de Eletroeletrônicos e de 7,4% no setor Químico/Agroquímico.

Reajustes salariais entre profissionais por setor 
Setor    Não promovidos       Promovidos   
Automotivo 7,9% 22,1%
Bens de consumo  8,2% 26%
Eletroeletrônicos 9,6% 22,9%
Energia elétrica  8,7%

25,5%

Farmacêutico 9,2% 19,6%
Petróleo  9% 26,1%
Químico / Agroquímico  7,4% 20,6%
Total  8,2% 29,9%

Considerando os executivos, aqueles promovidos obtiveram aumento médio de 24,3%, sendo que os que atuam no segmento de Petróleo conseguiram os maiores aumentos, de 26%. E os que atuam no setor de Eletroeletrônicos obtiveram os menores reajustes, de 20,4%.

Reajustes salariais entre executivos por setor 
Setor    Não promovidos       Promovidos   
Automotivo 8,5% 25,1%
Bens de consumo  9% 25,7%
Eletroeletrônicos 8% 20,4%
Energia elétrica  6,5%

21,5%

Farmacêutico 8% 24,5%
Petróleo  8,1% 26%
Químico / Agroquímico  7,4% 21,5%
Total  8,2% 24,3%