Rendimento médio do trabalhador cai 1,1%

De acordo com o IBGE, retração se deu em janeiro, na comparação com dezembro. Já analisando o mesmo mês de 2006, houve alta de 4,7%

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O rendimento médio real do trabalhador brasileiro recuou 1,1% em janeiro, na comparação com o mês anterior, passando para R$ 1.066,10. No confronto com o mesmo período de 2006, o valor teve variação positiva de 4,7%.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22), fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do País: São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Renda por região

Frente a dezembro, houve queda na renda em quatro regiões: Salvador (-3,9%), São Paulo (-2,1%) Rio de Janeiro e Porto Alegre (ambos com -0,6%). Já Belo Horizonte (3,3%) e Recife (1,3%) tiveram aumento.

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Na comparação anual, o salário médio da população ocupada cresceu em todas as regiões analisadas: Recife (9,1%), Belo Horizonte (9,8%), São Paulo (4,8%), Porto Alegre (3,5%), Rio de Janeiro (3,3%) e Salvador (1,7%).

Autônomos, formais e informais

Na comparação entre dezembro e janeiro, o rendimento médio das pessoas que trabalhavam por conta própria recuou 4,6%, chegando a R$ 867,70. Frente ao primeiro mês de 2006, houve alta de 5,5%.

Os salários dos empregados do setor privado sem registro aumentaram 3,7% no confronto com o mês anterior, atingindo R$ 718,50. Na comparação com o mesmo mês de 2006, houve uma alta de 2,2%.

Já para quem trabalhava no setor privado com carteira assinada, os rendimentos caíram em 1,5% na passagem entre os dois meses, atingindo R$ 1.043,20. Frente a janeiro de 2006, foi registrada alta de 3,5%.

Renda por atividade econômica

No primeiro mês do ano, tomando como base dezembro, por atividade econômica, os seguintes aumentos foram verificados: funcionários da construção (2,6%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,6%).

Quedas foram sentidas em indústria extrativa (-0,7%), comércio e reparação de veículos automotores (-1,9%), serviços prestados a empresas (-3,1%) e outros serviços (-2,6%). Houve estabilidade no agrupamento de serviços domésticos.

No confronto anual, todos os segmentos tiveram reajuste positivo, com destaque para construção (13,5%); serviços domésticos (7,1%); e defesa e seguridade social (5,8%).