Rendimento do trabalhador subiu em 2004, mesmo com queda em dezembro

Segundo IBGE, rendimento real médio dos trabalhadores subiu 1,9% em 2004, mesmo apesar da queda mensal em dezembro

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Mesmo apesar da queda registrada em dezembro, o rendimento médio do trabalhador brasileiro, segundo dados coletados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do país, subiu 1,9% em 2004, fechando o ano em R$ 895,40.

O melhor desempenho foi registrado na região metropolitana do Recife, onde o rendimento real apresentou variação positiva de 4,6% entre dezembro de 2003 e o mesmo período do ano passado. A seguir ficaram as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (+3,8%), São Paulo (+2,4%) e Belo Horizonte (+1,0%). Por outro lado, em Salvador e Porto Alegre foram registradas quedas, de 3,6% e 0,8%, respectivamente.

Na comparação mensal, em relação a novembro de 2004, o rendimento real médio dos trabalhadores das seis áreas pesquisadas registrou queda média de 1,8%, com destaque para as retrações em Porto Alegre (-2,7%), Recife (-2,6%) e Belo Horizonte (-2,3%).

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Trabalhadores sem carteira mostram maior evolução

Dentre as três categorias de posição na ocupação, o destaque ficou com os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada, cujo rendimento real cresceu 4,9%, passando de R$ 548,84 no último mês de 2003 para R$ 576,00 em dezembro do ano passado. Isso não impediu, porém, que a remuneração média seguisse como a mais baixa entre as categorias consideradas.

Já o rendimento médio dos trabalhadores por conta própria mostrou em evolução real de 0,7% na comparação anual, crescendo de R$ 688,88 no final de 2003 para R$ 694 em dezembro do ano passado. Por fim, os trabalhadores do setor privado com carteira assinada fecharam o ano de 2004 com rendimento médio de R$ 920,90, praticamente estável em relação aos R$ 920,38 registrados em dezembro do ano anterior.

Na relação com novembro, total as categorias registraram perdas, com destaque para os empregados sem carteira assinada (-6,2%) e para os trabalhadores por conta própria (-2,3%), enquanto os trabalhadores do setor privado com carteira assinada registraram perda de apenas 0,3%.