Reajuste do mínimo deve levar em conta impactos para as empresas, afirma CNI

O gerente executivo da confedereção ressaltou em debate que custos para as empresas devem ser colocados na conta

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A discussão do reajuste de salário mínimo deve levar em conta a situação das empresas, afirmou o gerente executivo da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Flávio Castelo Branco.

Em debate que está sendo realizado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (15) sobre o novo acordo de valorização do salário mínimo para este ano até 2015, Branco ressaltou que a estrutura das empresas deve ser colocada na conta.

“A discussão deve ser sensível às questões macro e microeconômicas”, ressalta Branco. Para ele, o impacto de um reajuste acima do que está sendo proposto pelo Governo, de R$ 545, poderia gerar perdas de competitividade e possível aumento da carga tributária.

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Competitividade
“O salário já registrou aumento de mais de 70% desde 2000 e passou de U$ 163 para U$ 325 até janeiro deste ano”, disse. “E isso teve um impacto de custos para os produtos brasileiros, quando os comparamos com os produtos estrangeiros”, diz.

Essa perda de competitividade, na avaliação do executivo, é uma das maiores perdas que as empresas sofrem com aumentos excessivos do mínimo e, consequentemente, aumentos dos custos.

Branco ressalta que até a estrutura das empresas acaba sendo afetada se a política de valorização não for bem vista. Ele explica que com um aumento acima do previsto, as empresas podem não conseguir suprir as demandas e também poderão ter problemas de distribuição regional.

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“E com isso elas perdem para a concorrência com produtos estrangeiros, principalmente os chineses. As pequenas e médias empresas são as que mais sentem esses efeitos”, diz o executivo.

Para a discussão do reajuste, Branco pede para que seja considerada a produtividade das empresas. “Aumentos acima do esperado geram perdas de competitividade”, completa. “O reajuste tem que acompanhar a produtividade”.