Profissional: pagar ou não para colocar o currículo na internet?

Segundo consultora de carreira, candidatos devem tentar outras alternativas em primeiro lugar, para não gastar sem necessidade

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Desempregado e sem o salário, o profissional fica com menos dinheiro disponível e, por isso, deve pensar bem quais serão seus gastos. Um deles, e que diz respeito à carreira, é o fato de pagar ou não para colocar o currículo na internet.

Indicação de amigos e familiares e possibilidades em jornais e no networking devem ser as primeiras ferramentas de busca por uma vaga para quem está sem emprego.

“O profissional também pode se cadastrar na internet num primeiro momento, desde que não gaste com isso”, afirmou a consultora de Desenvolvimento Organizacional da Caliper, Luciana Merlin da Cunha Zonta.

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Gastos

Se as respostas demorarem a aparecer, aí sim o profissional deve pensar em colocar a “mão no bolso”. “Segundo pesquisas, o tempo que o profissional demora para se recolocar é de três meses, em média. Se não teve respostas e retorno depois deste tempo, ele pode pensar em fazer uma pesquisa de sites para pagar para cadastrar o currículo”, disse.

Mas cuidado com valores. Algumas empresas pedem porcentagens sobre os primeiros salários, o que é uma “furada”, segundo a consultora. “Outras chegam a exigir o salário inteiro”.

Ela indica que o profissional pague em torno de R$ 100 para um período superior a um mês. “Conheço pessoas que conseguiram a recolocação nestas condições”. A consultora, no entanto, também já ouviu falar de outros que pagaram R$ 5 mil, o que é muito caro. Ela disse que, quanto maior o grau de instrução, mais se cobra, mas o valor não deve chegar a este.

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Empresa

Já que está desempregado, o profissional deve fazer a escolha certa da empresa de recolocação. A primeira dica que a consultora dá é que a pessoa não tome decisões precipitadas, principalmente se envolvem dinheiro.

Peça indicação e veja qual o tipo de serviço prestado pela agência de recolocação. Afinal, de nada adianta colocar o currículo em um site que somente tem vagas para operadores, se o profissional já atingiu a gerência.

Peça a assinatura de um contrato, para que, se a recolocação não for feita, o dinheiro seja devolvido ou o currículo seja exposto por mais tempo.

Internet

Por conta da evolução na internet como meio de pesquisa de vagas de emprego, o jornal está perdendo espaço como ferramenta para tal, de acordo com pesquisa do Grupo Catho, intitulada “A contratação, a demissão e a carreira dos profissionais brasileiros – edição 2007″, realizada entre março e abril deste ano com 12.122 profissionais.

Entre os profissionais ouvidos na pesquisa que conseguiram emprego em 1999, 11,65% tiveram sucesso graças a anúncios de jornais e apenas 2,71% tiveram sorte com a internet. Entretanto, oito anos depois, 15,20% foram contratados por causa da Internet e apenas 5,65% por intermédio de anúncios de jornais. A situação foi invertida.

Por fim, se antes a internet era mais usada por profissionais jovens e de níveis hierárquicos inferiores, nos últimos anos, executivos aderiram às ferramentas virtuais. Por exemplo, de 1999 até hoje, o percentual de presidentes e diretores que utilizam os sites na busca de emprego subiu de 11,66% para 56%. Já o percentual de alta entre gerentes passou de 11,48% para 63,13%, no mesmo período.