Publicidade
SÃO PAULO – Desde junho do ano passado, por conta de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), não é mais necessário o diploma de jornalismo para o exercício da profissão.
A medida polêmica, contudo, deve, em breve, voltar a ser assunto, já que, segundo a Agência Câmara, tramita na Câmara dos Deputados a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 386/09, que retoma a obrigatoriedade do diploma. Diante disso, saiba o que outros países exigem para o exercício da profissão.
Europa
A maior parte dos países europeus não exige formação específica ou em curso superior para quem quer se tornar jornalista. Entretanto, de acordo com o professor de ciências da informação e da comunicação da Universidade de Strasbourg III, na França, Michel Mathien, em quase toda a Europa existe regulamentação de acesso à profissão.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Na Alemanha, por exemplo, a profissão é regulamentada por meio de reconhecimento conjunto, por parte das empresas jornalísticas e das organizações profissionais, de um período de aprendizado prático de 18 a 24 meses.
A Grã-Bretanha exige um estágio em empresa jornalística ou, para os que não conseguirem, um curso preparatório do Conselho Nacional de Treinamento de Jornalistas. Na Itália, por sua vez, existe a obrigação de possuir um registro na ordem dos jornalistas, que só é concedido após um estágio de 18 meses e aprovação em um exame de proficiência.
Já na Espanha, o exercício é condicionado à nacionalidade espanhola, inscrição no registro de jornalistas e à posse de diploma em ciências da informação ou de experiência profissional de dois a cinco anos.
Continua depois da publicidade
América
No que diz respeito aos países do continente americano, os Estados Unidos, bem como a maior parte dos latino-americanos, não cobram diploma de jornalista para o exercício da profissão.
Entretanto, segundo o diretor de negociação salarial da Federação Nacional de Jornalistas, José Carlos Torves, a falta de conhecimento da profissão faz com que os países da América Latina estejam dentre os mais perigosos para quem trabalha nesta área.
“Pelo fato de não terem conhecimento da profissão, do código de ética, às vezes os jornalistas desses países avançam o sinal. Há uma relação muito forte entre falta de informação e violência”, diz o diretor.
Continua depois da publicidade
Outros países
África do Sul, Arábia Saudita e Turquia estão dentre os países que cobram o diploma para o exercício do jornalismo. Além deles, também exigem a formação superior nos seguintes países: Colômbia, Congo, Costa do Marfim, Croácia, equador, Honduras, Indonésia, Síria, Tunísia e Ucrânia.
Austrália, China e Japão engrossam a lista dos que não cobram curso superior para quem quer ser jornalista.