Participação da renda no PIB pode cair até 3% em 2009

Em simulação realizada pelo Grupo de Trabalho sobre Crise Internacional do Ipea, na melhor hipótese, com PIB a 4%, renda pode crescer 0,2%

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A renda manterá o ritmo de crescimento este ano, somente se o crescimento do PIB chegar à casa dos 4%. Esta é uma das possíveis consequências imposta pelo inconstante cenário mundial, segundo simulação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

A crise internacional e os impactos que ela causou até agora na economia do País fez com que o Instituto realizasse um estudo em que simula outras possíveis repercussões no Brasil. A renda foi um dos fatores analisados.

Segundo a pesquisa, os impactos desse cenário pode suspender o ritmo de crescimento econômico e social que até então o País apresentava. No entanto, o Ipea considerou relevantes as medidas adotadas pelo governo que, segundo o Instituto, evitaram o pior.

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De bolso vazio

Analisando o crescimento do PIB dos últimos cinco anos, o Ipea simulou as variações de renda tendo como base três estimativas para o crescimento da economia do país em 2009: de 1%, de 2,5% e de 4%.

Considerando que a participação da renda do trabalho vem crescendo na renda nacional desde 2004, o Ipea espera crescimento dessa participação de 0,2% na melhor das hipóteses, ou seja, com o Produto Interno Bruto com alta de 4%.

Caso o PIB cresça 1%, no pior da simulação, a participação da renda do trabalho na renda nacional terá queda de 3%. Com uma alta de 2,5% no PIB, a participação terá uma queda menor, de 0,6%.

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Sobre o estudo

O Instituto afirma no estudo que as simulações foram feitas com números de crescimento econômico arbitrários, tendo, portanto, suas limitações.

As variações da renda nacional consideradas pelo Ipea para a simulação não incluíram o imposto líquido sobre a produção que responde, em média, por 15% do total da renda nacional.