Para suprir necessidades do trabalhador, mínimo deveria ser de R$ 1.971,55

Estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos; valor é 4,75 vezes maior do que atual

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SÃO PAULO – De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada, nesta quinta-feira (02), pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário para suprir as necessidades do trabalhador, em setembro, deveria ser de R$ 1.971,55. O valor é 4,75 vezes superior ao piso em vigor, de R$ 415,00.

Na comparação com agosto, houve um recuo significativo, por conta da queda registrada no preço da cesta básica, em grande parte do País. No oitavo mês deste ano, seriam necessários R$ 2.025,99, ou 4,88 vezes o salário vigente, para arcar com despesas familiares relacionadas à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Por outro lado, em relação a setembro de 2007, hoje o brasileiro precisa de mais dinheiro. Há um ano, o mínimo necessário estimado era de R$ 1.737,16, o correspondente a 4,57 vezes ao menor salário da época (R$ 380,00).

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Cesta

Ainda conforme o Dieese, no nono mês de 2008, a compra da cesta básica comprometeu 52,54% do rendimento líquido do trabalhador. Em São Paulo, onde foi verificada a cesta mais cara (R$ 234,68), entre as 16 capitais pesquisadas, o percentual requisitado foi de 61,47%.

Por conseqüência, a capital paulista também foi a localidade onde as pessoas mais tiveram de trabalhar para conseguir comprar a cesta básica em setembro: 124 horas e 25 minutos.

A média nacional foi de 106 horas e 21 minutos.