Para não reduzir poder de compra, ministro descarta redução salarial

Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, redução do salário é negativo para a economia e pode causar mais desemprego

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Empresas afetadas pela crise estão procurando maneiras de equilibrar as contas: demissões, redução da jornada de trabalho e cortes salariais. Essa última alternativa, no entanto, é negativa, pois reduziria o poder de compra do trabalhador, afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Devido ao impacto negativo que a medida acarretaria na economia, o ministro já adiantou, nesta última quarta-feira (11), que “não há possibilidade alguma de retirar um direito já conquistado pelos trabalhadores”.

Ele garantiu que a alteração no salário não é negociável e ressaltou que, além de reduzir a capacidade de compra, a redução diminuiria, consequentemente, a circulação de dinheiro e isso provocaria ainda mais desemprego.

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Possibilidades

O ministro também descartou, por hora, a autorização de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para compensar possíveis mudanças salariais. “Esse não é o nosso foco”, afirmou.

“Algumas empresas estão propondo que os trabalhadores tenham redução de jornada de trabalho, porque estão com estoque alto, mas o presidente Lula está pensando qual compensação seria conveniente. Estamos negociando ainda”, disse.

Entre as possibilidades, está o seguro-emprego, instrumento que permitiria a redução de jornada sem redução salarial.

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Agora, acordos entre patrões e empregados dependerão do jogo de cintura do presidente. De acordo com Lupi, o Ministério do Trabalho elaborou uma proposta de acordo entre as partes que será submetida a Lula.