Moradores não querem assumir responsabilidades e síndico se torna profissão

Pessoas são contratadas para ocupar o cargo que não desperta o interesse dos proprietários; salários chegam a R$ 8 mil

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Resolver problemas de vazamentos, fiação elétrica, lidar com as divergências de opinião e ainda ter um domínio sobre finanças. Estas são algumas das funções de um síndico em um condomínio, encaradas como ‘problemas’ pela maioria dos moradores, que não querem assumir o posto.

Por este motivo é que muitos conjuntos de casas e apartamentos têm terceirizado o tipo de serviço. Com salários que podem chegar a R$ 8 mil, conforme informações veiculadas no Diário do Comércio, os síndicos contratados são uma tendência na cidade de São Paulo, principalmente quando levamos em consideração a expansão imobiliária. Com um maior número de unidades construídas, eles se tornarão cada vez mais requisitados.

Responsabilidades

Qualquer pessoa pode assumir a função, como o que acontece quando um morador é escolhido. Para ser um profissional, por sua vez, a preferência é por quem tem formação superior nas áreas de contabilidade, engenharia ou direito.

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“Ser síndico é ter muitas responsabilidades, principalmente jurídicas”, disse o engenheiro Edson Carvalho ao Diário do Comércio. Ele começou como síndico do próprio prédio e, agora, já cuida de três unidades. De acordo com ele, quando as finanças não estão em ordem, é necessária a presença diária. Quando tudo está sob controle, por sua vez, visitas frequentes são mais adequadas.

Síndicos

Quando o síndico é um morador do prédio, ele pode ou não ter um salário, dependendo do que foi acordado em assembléia pelos proprietários. Normalmente, a vantagem financeira que ele tem é a de ficar isento do pagamento do condomínio. Este morador ainda conta com um imóvel-garantia, para eventuais prejuízos na gestão.

Já o profissional contratado conta com um salário. De acordo com o vice-presidente de administração imobiliária e de condomínios do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Hubert Gebara, ele é mais indicado a condomínios grandes, com número expressivo de moradores, ou quando ninguém quer se responsabilizar pelo cargo.

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“Ele assume todas as responsabilidades vinculadas à gestão, principalmente se houver falha ou negligência na administração do condomínio”.

Salários

Segundo o presidente do Sinconedi (Sindicato dos Condomínios e Edifícios do Município de São Paulo), Arnaldo Camilo, o salário do síndico profissional é, em média, de R$ 2,5 mil por mês, dependendo do tipo de administração, número de moradores e do tamanho do condomínio que vai cuidar.