Ministro do Planejamento descarta reajuste acima da inflação para aposentadoria

Paulo Bernardo criticou proposta do salário mínimo de R$ 600, dizendo que ela "já foi derrotada nas próprias eleições"

Evelin Ribeiro

Publicidade

SÃO PAULO – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, descartou a possibilidade de reajuste acima da inflação para as aposentadorias. Deve ocorrer somente, segundo ele, a manutenção do poder aquisitivo dos aposentados.

Bernardo disse ainda que não será possível aplicar o mesmo critério de reajuste do salário mínimo às aposentadorias. “No governo Lula, o salário mínimo cresceu 60% acima da inflação. Não temos condições de fazer o mesmo com todas as aposentadorias”, declarou, segundo a Agência Câmara.

A declaração foi dada durante reunião entre o ministro e os integrantes da Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16).

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Salário mínimo
Na reunião, Bernardo ainda criticou a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 – dada por alguns parlamentares e defendida pelo candidato derrotado à Presidência, José Serra.

“O reajuste para R$ 600 foi vencido nas próprias eleições. Essa proposta não tem atrelada a ela um critério único para reajuste periódico, ao contrário do que temos hoje”, declarou. O ministro defendeu o aumento para R$ 540, como proposto pelo relator-geral do Orçamento, o senador Gim Argello (PTB-DF).

Pelo atual critério, o reajuste deve tomar como base a inflação de 2010 e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2009, o que levaria ao valor de R$ 538,15. O arredondamento, segundo o ministro, “já é rotina nas negociações”.