Maior parte dos profissionais da Construção não teve aumento salarial

Enquanto 36% dos profissionais disseram que seus salários não foram alterados, 28% tiveram aumento entre 5% e 10%

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Um estudo da consultoria Michael Page mostra que a maior parte dos profissionais brasileiros do setor da Construção, mais de 36%, não receberam aumento salarial em 2012.

Já entre os que receberam, 28% disseram ter aumento entre 5% e 10%, 15% tiveram um acréscimo de 15% ou mais, 10% alta entre 10% e 15% e 3% afirmaram que seus salários diminuíram. Segundo o gerente executivo da consultoria, Felipe Calbucci, o principal fator do baixo índice de aumento é uma acomodação natural de salários. “As remunerações vinham crescendo acima do normal desde 2006 e, se continuassem nesse ritmo, a conta acabaria não fechando em algum momento.”

A pesquisa consultou mais de 1,2 mil profissionais no Brasil (692 entrevistados), México (222), Argentina (136), Chile (139) e Colômbia (50).

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América Latina
O cenário na região acompanhou o brasileiro, disse o estudo. Do total de entrevistados, 44% não receberam aumento no ano passado. Os mexicanos e chilenos foram os que receberam menos reajustes: 56% afirmam não ter recebido aumentos salariais em 2012.

Os colombianos são os que mais receberam reajustes (apenas 27% afirmam não ter recebido aumento no ano que passou). Porém, 38% afirmaram ter recebido menos de 5% de reajuste ao longo do ano. Na Argentina, 43% disseram não ter recebido reajustes. Os que receberam se concentram nas faixas de aumento entre 10% a 15%.

Bônus
Em relação ao bônus, 61% dos profissionais latino-americanos do setor de Construção disseram não ter recebido nenhum tipo de bônus. Para aqueles que receberam, 31% afirmam que o valor representou de 11% a 20% do seu salário anual. Mesmo com esse cenário, 48% afirmam que seu bônus foi maior que o aplicado em 2011.

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“As metas da maioria das empresas foram agressivas demais nos últimos anos, fazendo com que o bônus ficasse distante do esperado pelos executivos”, disse Calbucci. Os chilenos aparecem em primeiro lugar, impulsionados pelo mercado de mineração. Quase metade afirmou ter recebido algum tipo de bônus financeiro em 2012.

O Chile é seguido pelo México, com 43% que receberam bônus, e pelo Brasil, onde 40% dos entrevistados afirmam ter recebido o benefício.

Por outro lado, a Argentina foi o país que menos recompensou seus profissionais com o pagamento de bônus em 2012. Cerca de 70% dos entrevistados afirmaram não ter recebido nenhum valor de compensação variável ao longo de 2012.  

O pagamento de bônus foi maior na área corporativa, com 24% dos profissionais que receberam bônus. Já entr os  profissionais de obras, esse índice cai para 18%.