Inadimplência sobe mais de 22% em março

Segundo SPC Brasil, a alta se deve ao descontrole doméstico em função do pagamento do IPTU e IPVA e das despesas com viagens e festejos no Carnaval

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SÃO PAULO – O número de consumidores inadimplentes incluídos no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) subiu 22,61% em março, na comparação com fevereiro, conforme aponta o indicador da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil, divulgado nesta quinta-feira (7).

De acordo com o relatório, o resultado se deve ao descontrole doméstico em função do pagamento de impostos como IPTU e IPVA, nos dois primeiros meses do ano, além das despesas acumuladas com viagens e festejos durante o Carnaval.

Na comparação entre março deste ano e o mesmo mês de 2010, houve aumento de 4,23% nos registros recebidos no SPC. No acumulado do ano, a alta é de 1,81%. Entre os fatores que contribuíram para o resultado, está o encarecimento do crédito devido à elevação da taxa Selic e a falta adequada de critérios para o uso do crédito mais caro nas compras com cartão de crédito e no uso do cheque especial.

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Perfil
Em março, os consumidores entre 30 e 39 anos lideraram os registros de inadimplentes no SPC, com 27,03% das inclusões. Em seguida, ficaram os clientes com idade de 40 a 49 anos (21,38%), de 50 a 64 anos (17,02%), de 18 a 24 anos (14,04%) e de 25 a 29 anos (13,41%). As pessoas com idade acima de 65 anos tiveram o menor percentual de registros, de 6,96%.

No confronto por gênero, as mulheres foram responsáveis por 55,99% das inclusões, enquanto os homens responderam por 44,01%.

Registros cancelados
Na análise dos registros cancelados no SPC Brasil, que ocorrem depois que a dívida é quitada, houve alta de 14,42% no mês passado, o primeiro aumento depois de dois meses consecutivos de queda.

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Para os pesquisadores, esse resultado se deve aos incrementos do poder de compra, como o aumento real do salário mínimo, aliado ao mercado de trabalho aquecido.

Nos cancelamentos, as mulheres voltaram a ser maioria, sendo responsáveis por 54,66% deles, contra 45,34% dos homens.

Por faixa etária, o maior volume de regularização dos débitos foi novamente dos consumidores com idade de 30 a 39 anos, com 26,92%. As outras faixas de idade, por sua vez, ficaram da seguinte forma: de 40 a 49 anos, com 21,03% dos cancelamentos; de 50 a 64 anos, com 16,83%; de 18 a 24 anos, com 14,33%; de 25 a 29 anos, com 14,12%; e acima de 65 anos, com 6,67%.