IBGE: rendimento médio do trabalhador sobe 3,2% em 2009, frente a 2008

Valor médio atingiu R$ 1.350,33 no ano passado, contra R$ 1.308,80 de 2008; SP apresentou o maior valor médio do ano

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Em 2009, o rendimento médio real da população ocupada ficou em 1.350,33 – um aumento de 3,2% na comparação com 2008, quando os ocupados recebiam R$ 1.308,80.

Somente em dezembro, o rendimento registrou um aumento de 0,7% na comparação com dezembro de 2008, mas, frente a novembro, apresentou queda, de 0,9%. No último mês de 2009, a população ocupada recebeu R$ 1.344,40.

Os dados, divulgados nesta quinta-feira (28), fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas seis principais regiões metropolitanas do País.

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Renda por região
Considerando as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto, o maior valor médio em 2009 foi registrado em São Paulo – R$ 1.502,6. Na comparação com 2008, houve aumento de 3,2% nos rendimentos.

Frente a 2008, é possível verificar que houve aumento da renda em todas as regiões metropolitanas, exceto em Recife, que registrou queda de 1% no rendimento. Em Recife, a população ocupada recebeu, no ano passado, em média, R$ 895,90 – o menor valor de 2009 na comparação com as demais regiões.

Em Porto Alegre, embora não seja a região com o maior valor médio da renda, ocorreu a maior variação entre 2008 e 2009. Na região, o rendimento médio aumentou 4,5% no ano passado e fechou em R$ 1.294,82.

No mesmo período, outras regiões também registraram incremento. No Rio de Janeiro houve aumento de 3,2% no rendimento real, cuja média ficou em R$ 1.355,79. Em Salvador, a renda média em 2009 fechou em R$ 1.100,82 – uma alta de 3,4% frente a 2008. Em Belo Horizonte, a população ocupada recebeu, em média, R$ 1.242,16, uma alta de 4,1% no redimento real.

Considerando apenas o mês de dezembro, na comparação com dezembro de 2008, três das seis regiões metropolitanas pesquisadas apresentaram alta no rendimento médio real da população ocupada.

No período, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro registraram aumentos, ao passo que em Recife, Salvador e Belo Horizontehouve queda nos rendimentos dos trabalhadores.

Autônomos, formais e informais
Na comparação com dezembro de 2008, o rendimento médio das pessoas que trabalhavam por conta própria apresentou alta de 4,1%. Na comparação mensal, houve aumento de 1,3%.

Os salários dos empregados do setor privado sem registro apresentaram evolução de 10,7% frente a 2008 e estabilidade e aumento e 1,2% na comparação com novembro.

Para quem trabalha no setor privado com carteira assinada, os rendimentos registraram queda de 2,1% na comparação com dezembro de 2008. Frente a novembro, houve queda de 1,7%.

Renda por atividade econômica
No mês passado, frente a novembro, das sete atividades econômicas analisadas, quatro registraram quedas: Indústria extrativa (-2,6%), Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-1,7%), Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-0,1%) e Outros Serviços (-2,2%).

Já a maior elevação no mês, de 3,6%, ficou com Construção Civil. Serviços prestados a empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeiras também apresentou incremento, de 1,5%, assim como os trabalhadores do setor de Serviços Domésticos, que sentiram um aumento de 0,8%.

No confronto anual, apenas Outros Serviços e Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água registraram quedas, de 7,5% e 0,7%, na ordem.

Os demais setores registaram aumentos em dezembro, frente ao mesmo mês de 2008: Construção (4,5%), Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais domésticos e comércio a varejo de combustíveis (4,4%), Serviços prestados a empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (6,1%), Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (2,1) e Serviços Domésticos (4,5%).