IBGE: rendimento médio das famílias estava em R$ 2.763,47 entre 2008 e 2009

Resultados decorrentes do trabalho foram responsáveis por mais da metade desse valor: 61% do rendimento total

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SÃO PAULO – De acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada nesta quarta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento total e a variação patrimonial das famílias brasileiras, entre maio de 2008 e o mesmo mês do ano passado, foi de R$ 2.763,47.

Os resultados decorrentes do trabalho foram responsáveis por mais da metade desses valores, 61% do rendimento total e R$ 1.688,00 da variação patrimonial.

Do rendimento do trabalho, 70,7% pertenciam a recebimentos provenientes de empregados – públicos, privados ou domésticos – e 20,2% dos autônomos.

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Segundo a POF, não houve registro de mudanças significativas em relação a 2002 e 2003 com o período analisado, no que diz respeito a composição do rendimento de trabalho familiar dos brasileiros. Entretanto, evidenciou-se uma redução de mais de dois pontos percentuais na participação do rendimento dos empregadores (de 11,7% em 2002/03 para 9,1% em 2008-2009).

Outras rendas
As transferências foram responsáveis pela segunda maior participação no rendimento médio familiar, com 18,5% e destaque para as aposentadorias e pensões governamentais.

No período analisado, as duas representaram mais de 80% das transferências, sendo que 55% foram provenientes do INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social). Do outro lado, os programas sociais federais proporcionaram apenas 3% das transferências. Essas últimas são destaque entre as transferências das famílias com rendimentos mais baixos.

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O rendimento não-monetário ocupou a terceira posição, com 12,8% na composição registrada pela POF. Esse tipo de rendimento foi mais significativo entre as famílias com menor renda (25,8%) do que para as famílias com os rendimentos mais altos (6,7%).

Com relação aos rendimentos de aluguel (de bens móveis e imóveis) e as outras rendas, constatou-se as menores contribuições na composição do rendimento total e da variação patrimonial, de 1,7% e 1,6%, respectivamente.

Composições
Em 2008 e 2009, cerca de 12,5 milhões de famílias brasileiras tinham recebimentos de até R$ 830. Para essa faixa da população, o rendimento do trabalho aparecia como a principal base na composição, com 46,3%. As transferências vieram logo em seguida, com 26,7%.

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Aposentadorias e pensões do INSS (58%) e os programas sociais federais (23%) responderam pelas maiores parcelas das transferências recebidas. O rendimento não-monetário apareceu com 25,8% das participações.

Nas cerca de 4% das famílias brasileiras que detinham recebimentos superiores a R$ 10.375, a maior participação dos rendimentos também foi decorrente do trabalho (60,5%). As transferências apareceram no segundo lugar, com destaque para as aposentadorias e pensões da previdência pública.

Ao contrário das outras classes de rendimento, a variação patrimonial foi a terceira fonte de recursos (9,9%) mais importante, e não os rendimentos não-monetários.