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Governo propõe corrigir tabela do IR se mínimo for de R$ 545; centrais não aceitam

Reunião sobre correção da tabela do IR e do reajuste do mínimo termina mais uma vez sem consenso

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A reunião das centrais sindicais com representantes do Governo para discutir o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda termina, mais uma vez, sem consenso.

Segundo o presidente das CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antonio Neto, o Governo se dispôs a estudar a correção da tabela do IR, desde que se fechasse um acordo do mínimo em R$ 545. “Não aceitamos, queremos os dois, um aumento real do mínimo e a correção da tabela”, afirma. “Os dois assuntos são indissociáveis”.

Na reunião, estavam presentes representantes das centrais sindicais; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro do Trabalho, Carlos Lupi; e o secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

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Correção e reajuste
De acordo com Neto, ao contrário do que ocorreu na última reunião, na semana passada, na qual Carvalho sinalizou uma correção da tabela em 4,5%, agora o Governo disse apenas que precisa estudar os impactos de possíveis reajustes. “Eles disseram que corrigirão a tabela com o mínimo de R$ 545, mas se não for esse o valor do salário, eles terão de analisar os impactos”, diz.

As centrais sindicais defendem uma correção de 6,46% na tabela e um mínimo de R$ 580. Apesar de não concordar com a proposta do Governo, Neto acredita que o reajuste do mínimo não será o valor reivindicado. “Não será nem os R$ 545 proposto por eles e nem a nossa proposta. Acredito que vá ser algo entre esses dois valores”, afirma.

Contudo, para esse acordo sair, é preciso refazer o protocolo que acertou a política de atualização do salário mínimo, que considera a inflação mais o PIB (Produto Interno Bruto) dos dois últimos anos, para este ano até 2015.

Estudos
Apesar de ter afirmado na última semana de que o Governo não estudava corrigir a tabela, Mantega confirmou que Governo estudará os impactos da medida. Uma nova reunião deve ocorrer nos próximos dias, segundo Neto.