Governo não abre mão de mínimo de R$ 545 para 2011

De acordo com ministro da Fazenda, o que está em negociação não é o valor do piso, mas sua política de valorização nos próximos anos

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (9) que o salário mínimo para 2011 será de R$ 545, o que significa que o governo não abrirá mão deste valor.

“Em relação ao salário mínimo, aquilo que está em negociação não é o valor de R$ 545, é se vamos ou não firmar um acordo que define a política de valorização do salário mínimo”, afirmou o ministro durante o anúncio de corte no Orçamento do governo na ordem de R$ 50 bilhões.

De acordo com o ministro, se for firmado um acordo, ele validaria a metodologia para definição do salário mínimo que foi adotada entre 2007 e 2010.

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“É isso que o governo deseja: que aquele acordo que foi bom, que valeu de 2007 a 2010, seja reeditado. Se não houver acordo, não poderemos implementar o que está descrito no de 2007”, disse.

Metodologia
O governo deve enviar ao Congresso uma proposta de valorização do mínimo, a qual mantém as atuais regras com base na variação da inflação do ano anterior e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Em relação ao valor do piso, as centrais sindicais e a oposição defendem algo entre R$ 565 e R$ 600. O ex-governador José Serra disse hoje que o PSDB vai trabalhar para que o salário mínimo seja reajustado para R$ 600.

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“Um mínimo de R$ 600 é factível e importante, sobretudo numa época em que a inflação de alimentos está aumentando”, afirmou o ex-governador.