Zuckerberg afirma que não deixará o cargo de presidente do Facebook

Em junho, uma parte significativa dos acionistas da empresa propôs que ele deixasse o cargo

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Mark Zuckerberg, co-fundador e presidente do Facebook, afirmou que não tem intenções de deixar seu cargo na empresa no curto prazo, em entrevista exclusiva a CNN. Sua participação no poder de voto do conselho permanece em cerca de 60%.

“Não pretendo ficar aqui para sempre, mas não existe a chance de eu sair no curto prazo”, afirmou o executivo.  

Em junho, uma parte significativa dos acionistas da empresa propôs por meio do fundo de governança corporativa e sustentabilidade Trillium AM, a retirada de Zuckerberg devido a uma série de erros administrativos e a recente deterioração da imagem pública da empresa – o que ainda gera desconfiança dos investidores. A proposta entrará em votação em maio de 2019.

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Nos últimos dias, especulações de mudanças na liderança da empresa estavam circulando, principalmente após o The New York Times e The Wall Street Journal (WSJ) divulgarem matérias com críticas ao Facebook e sua gestão considerando os escândalos dos últimos anos. 

Mas Zuckerberg garantiu que tudo vai permanecer como está e demonstrou apoio a Sheryl Sandberg, vice-presidente de operações.

Isso porque no último domingo (18), quando saiu a matéria do WJS, o presidente da empresa disse que o Facebook está em guerra e culpou a executiva pelas consequências do escândalo da Cambridge Analytica.

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“Sheryl é uma parte muito importante desta empresa. Ela é uma parceira importante que está comigo há 10 anos. Tenho muito orgulho do trabalho que fizemos juntos”, afirmou Zuckerberg.

Durante a entrevista, ele não abordou muitos detalhes sobre como vai lidar com a desinformação e a privacidade dos dados dos usuários, mas disse que “muitas das críticas em torno das maiores questões têm sido justas”.

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No terceiro trimestre, o crescimento da empresa veio abaixo do esperado e entre os os possíveis motivos do resultado negativo estão justamente o vazamento de dados no início deste ano e no período de eleições presidenciais em 2016.

Segundo a CNN, os investidores seguem receosos com o possível impacto negativo causado por menor nível de governança corporativa.

Apesar disso, nesta quarta-feira (21), as ações da empresa sobem 1,51% cotadas a US$ 134,43.  No acumulado do ano, as ações caíram 24,95%.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.