Folha de pagamento real da indústria cresce 3,7% em maio

Na comparação anual, IBGE registrou alta em todos os 14 locais pesquisados. Frente a abril, houve queda de 0,8%

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SÃO PAULO – O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou alta de 3,7% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2009. O resultado é o quinto positivo consecutivo nesse tipo de comparação.

Frente a abril, a folha de pagamento real caiu 0,8%, após interromper em abril o crescimento acumulado de 9,4% nos três primeiros meses do ano.

Em 12 meses, o indicador acumula recuo de 0,9%, porém nos cinco primeiros meses do ano, o acréscimo foi de 3,8%.

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Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Alta em 14 atividades
Considerando os valores pagos pela indústria em maio, na comparação com o mesmo mês de 2009, o IBGE constatou alta em 14 dos 18 setores analisados.

Entre eles, os destaques ficaram com máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,2%), metalurgia básica (11,1%), meios de transporte (10,7%), máquinas e equipamentos (10,7%) e alimentos e bebidas (7%).

No sentido oposto, apresentaram as piores marcas as indústrias extrativas (-34,8%) e refino de petróleo e produção de ]álcool (-29,3%).

Análise regional
No âmbito regional, 11 dos 14 locais pesquisados apontaram acréscimo no valor da folha de pagamento real em maio, frente ao ano passado, com destaque para São Paulo (5,1%), por conta do aumento do valor para os profissionais máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10%), máquinas e equipamentos (7,4%), meios de transporte (7%) e alimentos e bebidas (5,4%).

Na mesma base comparativa, outras regiões registraram acréscimo no valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, como Centro-Oeste (11,4%) e Rio Grande do Sul (9,6%).

Por outro lado, no estado fluminense houve as maiores pressões negativas, com -14,8%, assim como na região Nordeste (-6,8%), por conta da redução no valor real da folha de pagamento da indústria extrativa (-47,6% e -47,7%) e do setor de refino de petróleo e produção de álcool (-53,5% e -38,5%).

Sobre a pesquisa
O IBGE considera, em sua pesquisa mensal, o valor total da folha de pagamento do pessoal ocupado assalariado para o mês de referência. Neste cálculo, estão incluídos, entre outros: salários contratuais, horas extras, 13º salário, aviso prévio e indenizações, comissões e percentagens e participação nos lucros.