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SÃO PAULO – Mais de 200 milhões de pessoas já viveu fora do seu país de origem, de acordo com a ONU. Para quem esá indo trabalhar, a experiência é desafiadora e ao mesmo tempo enriquecedora.
Um levantamento realizado pela Berlitz Educação Global com profissionais expatriados de diversas nacionalidades mostra que 90% dos entrevistados não pensariam duas vezes caso tivessem a chance de repetir a experiência e viajariam de novo.
Vantagens
Os entrevistados foram questionados sobre as vantagens de trabalhar no exterior. Pelos dados, 70% responderam que a melhor parte da viagem é abrir a mente, tanto pessoalmente quanto profissionalmente.
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Outros 68% disseram que conhecer uma nova cultura, enquanto 63% citaram o aprendizado de línguas. “Ao vivenciar diferentes experiências, conhecer e trabalhar com pessoas de diferentes orientações o profissional acaba ficando mais flexível”, afirma a diretora de relações corporativas do Berlitz Educação Global, Silvia Freitas.
A tolerância foi lembrada por 55% profissionais que já trabalharam fora. Pois o profissional é estimulado a aceitar e conviver melhor com as diferenças quando é apresentado a diferentes formas de trabalhar, de se relacionar com os colegas de escritório, de gerir uma equipe e tomar decisões.
O aumento da auto-confiança e a expansão da sua rede de relacionamentos foram considerados importantes por 49% e 47%, respectivamente.
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Dificuldades
Mas trabalhar no exterior não tem somente vantagens, segundo pesquisa, ao voltar para o país de origem, 46% dos profissionais sentiram dificuldade em se reajustar ao estilo de gestão, e outros 44% com a hierarquia da empresa. “Em outros países, por exemplo, é comum o trabalhador conversar diretamente com o gestor do seu chefe, sem causar problemas”, explica Silvia.
Para 62% dos profissionais, a empresa não ajudou no processo de reajuste após voltar de uma viagem, levando em conta também o reajuste na vida pessoal. “As companhias tendem a se esquecer da adaptação da família do profissional e isso pode trazer até prejuízos para a empresa”, afirma a diretora.
Além disso, pode acontecer de a família não se adaptar com a mudança e o profissional sofrer uma pressão para desistir do trabalho no exterior, colocando todo o investimento da organização em risco. Assim como pode ocorrer na volta do profissional ao seu país de origem. “Quando uma família passa muito tempo fora, por exemplo, a dinâmica muda”, diz.
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Além disso, 65% dos entrevistados afirmaram que a sua experiência adquirida não foi aproveitada pela empresa, o que pode desmotivar os profissionais que voltam.“Ao não utilizar este conhecimento que os repatriados trazem a empresa corre o risco de perder profissionais para o mercado”, explica Silvia.