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SÃO PAULO – Três em cada dez empresários brasileiros pretendem contratar trabalho temporário para ajudar nas vendas de fim de ano. Pesquisa encomendada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) revela que 293,2 mil comerciantes devem contratar pelo menos um funcionário temporário para esse período.
Desse total, a expectativa é que 205,3 mil temporários sejam efetivados após o período de vendas de fim de ano. A pesquisa mostra ainda que o profissional mais procurado pelo setor é o vendedor, com idade entre 18 e 24 anos. A amostra inclui comerciantes das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.
O mais procurado pelo setor
Vendedores serão os mais procurados pelos comerciantes: sete em cada dez lojistas (71%) pretendem contratar esse profissional. Caixas e estoquistas aparecem em seguida, com 26% e 17%, respectivamente. Um destaque da pesquisa, é que 4% dos profissionais mais procurados são cabeleireiros e manicures.
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Na avaliação do presidente da CNDL, o Natal é característico por beneficiar praticamente todos os segmentos da economia. “O consumidor injeta dinheiro das formas mais variadas possíveis. Ele compra roupas novas, quita dívidas, revisa o carro da garagem e pode até começar uma reforma. Assim, todas as engrenagens giram juntas para fazer a máquina econômica funcionar”.
Perfil do profissional
Segundo o estudo, 55% dos varejistas têm intenção de contratar mão de obra entre 18 e 24 anos, pagando até dois salários mínimos. “É importante ressaltar que é prática habitual do comércio varejista remunerar por comissão de vendas, o que na maioria dos casos multiplica a renda de quem trabalha no setor”, avalia o economista do SPC Brasil, Nelson Barrizzelli.
Entre os entrevistados, 73% dos comerciantes pretende preencher de uma a cinco vagas extras para o fim de ano. O requisito básico para a maioria dessas oportunidades é o ensino médio completo ou experiência anterior no ramo.
Contratação
A pesquisa mostra que 70% dos lojistas pretende efetivar pelo menos um temporário. No entanto, 50% dos comerciantes entrevistados acredita que a maior dificuldade para essa efetivação é encontrar profissionais comprometidos com o trabalho, com dinamismo, pró-atividade e bom trabalho em equipe.
O economista do SPC Brasil ressalta que essa percepção dos contratantes pode ser um reflexo da falta de motivação, principalmente social, da faixa etária buscada para os cargos temporários oferecidos.
Setor
O estudo mostra ainda que o setor de roupas e calçados é o que mais deverá contratar neste período (45%). Em segundo lugar vem o segmento de perfumaria e cosméticos (40%), seguido de artigos diversos (moda esportiva, ótica e brinquedos), com 25% de intenção de contratação extra.
O setor de Papelaria deve ser o que menos irá reforçar o quadro de funcionários, 82% dos lojistas do setor afirmaram que não vão aumentar o número de colaboradores em dezembro.
Dos varejistas que não vão contratar colaboradores temporários, 71% afirma estar satisfeita com a equipe atual. Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Jr, o número de empresários satisfeitos reflete o bom resultado dos esforços que o varejo brasileiro tem feito para treinar e capacitar as próprias equipes.
“O mercado de trabalho experimenta índices baixíssimos de desemprego e crescimento salarial acima da inflação. Isso faz com que boa parcela da mão de obra especializada já esteja empregada. Com a equipe já formada e bem treinada, o varejista muitas vezes opta por fazer um remanejamento interno dos funcionários, transferindo os empregados temporariamente de um setor para outro”, explica.
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