Emprego industrial cresce 2,4% em março, a maior taxa desde agosto de 2008

Segundo IBGE, as 14 localidades pesquisadas aumentaram o número de trabalhadores, com destaque para São Paulo (2,7%)

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A taxa de emprego na indústria brasileira aumentou 2,4% em março, na comparação com o mesmo mês de 2009. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado é o maior desde agosto de 2008, quando o crescimento foi de 2,5%.

Os dados divulgados nesta terça-feira (11) mostram que, na análise mensal – descontados os efeitos sazonais – foi verificado aumento de 0,7% no número de empregados na indústria. Esse é o terceiro resultado positivo consecutivo.

Considerando o resultado de janeiro a março, a taxa de emprego registrou aumento de 0,7%. Nos últimos 12 meses, entretanto, a taxa ficou negativa em 4,2%.

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Análise regional e setorial
Em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento no número de empregos na indústria em todas as 14 localidades pesquisadas, com destaque para São Paulo, cuja taxa avançou em 2,7%, seguido pela região Nordeste (3,5%), Rio Grande do Sul (3,2%), Ceará (8,7%) e regiões Norte e Centro-Oeste (2,6%).

Em São Paulo, as altas vieram dos setores de alimentos e bebidas (4,7%), têxtil (11,1%) e papel e gráfica (6,1%). Já no Nordeste e no Ceará, o setor de calçados e couros (18,3% e 23,1%, na ordem) foi o que mais empregou no período nas duas regiões.

No Rio Grande do Sul, o destaque ficou por conta da indústria de transformação (11,5%), máquinas e equipamentos (8,3%) e borracha e plástico (12,6%). Nas regiões Norte e Centro-Oeste, por sua vez, a indústria de alimentos e bebidas foi a que mais expandiu, empregando 5,1% a mais no período. A de minerais não metálicos (16,9%) também se destacou nas regiões.

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Considerando os setores, ainda na comparação com março do ano passado, o IBGE constatou que 15 dos 18 setores apresentaram resultados positivos, com destaque para alimentos e bebidas (2,5%), máquinas e equipamentos (4,5%), têxtil (6,2%), calçados e couro (5,2%), produtos de metal (4,2%) e meios de transporte (3,1%).

Entre os setores que registraram variação negativa, a indústria de madeira foi destaque, pois apresentou queda de 9,2% no seu contingente de trabalhadores no terceiro mês do ano, seguida pela de refino de petróleo e produção de álcool (-3,4%) e vestuário (-0,6%).