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SÃO PAULO – Cerca de 70 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o décimo terceiro salário este ano. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), quase R$ 85 bilhões* devem ser injetados na economia brasileira por conta da bonificação. O valor médio do benefício foi estimado em R$ 1.150,47.
Os cálculos foram divulgados pela instituição nesta terça-feira (10), com base nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), na Pnad 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.
Trabalhadores formais recebem maior parcela
Segundo o estudo, os trabalhadores do mercado formal receberão, em média, R$ 1.390,25, sendo que os trabalhadores domésticos com carteira assinada receberão um montante médio estimado em R$ 565,61.
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Em termos de proventos da Previdência, o valor médio nacional é de R$ 943,54.
Em termos estaduais, Brasília receberá o maior valor médio (considerando todas as categorias de beneficiados): R$ 2.398. Por outro lado, o décimo terceiro salário médio mais baixo ficará com o estado do Piauí, R$ 714.
Empregados formais são maioria
Ainda de acordo com o levantamento, dos cerca de 70 milhões de brasileiros que devem receber o pagamento, 60,3% (42,13 milhões) são empregados formais, que devem receber 69,1% do montante calculado, ou seja, R$ 58,6 bilhões.
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Entre eles, os empregados domésticos com carteira assinada representam 2,5% (1,76 milhão) dos trabalhadores e, pelos cálculos, terão direito a R$ 996,53 milhões (1,2% do total).
Aposentados e pensionistas respondem por 39,7% (27,7 milhões) da população com direito à bonificação, e devem receber em torno de R$ 26,22 bilhões (30,9% do total).
Sudeste concentra grande parte dos beneficiados
De maneira geral, o total de pessoas com direito a receber o décimo terceiro salário este ano é 2,4% maior que o número de 2008.
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A maioria dos trabalhadores, aposentados, pensionistas e trabalhadores domésticos se concentram nos estados do Sudeste, que deve receber 51,8% dos recursos. Em seguida, aparecem a região Sul (15,4%), Nordeste (14,8%), Centro-Oeste (8,4%) e Norte (4,3%).
* Os valores foram estimados com base no INSS de setembro e, para assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação do INPC médio de 2009, até setembro ante igual período de 2008.
