Dieese: custo de vida sobe mais para paulistanos de menor poder aquisitivo

Enquanto o índice geral aumentou 0,07 ponto percentual, para famílias de menor renda, alta foi de 0,26 p.p. em novembro

Evelin Ribeiro

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SÃO PAULO – Os paulistanos viram os preços subir 0,60% em novembro. A taxa representa ligeira alta de 0,07 ponto percentual em relação a outubro, quando foi registrado índice de 0,53%. Por estrato de renda, as famílias de menor poder aquisitivo, pertencentes ao estrato 1, tiveram a maior elevação de preços no mês passado. O indicador dessa classe aumentou 0,63%, contra a variação de 0,37% registrada em outubro.

As informações, divulgadas nesta quinta-feira (3), fazem parte do ICV (Índice de Custo de Vida), apurado mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Por renda

Segundo o levantamento, o ICV para o estrato 3 (composto por um terço das famílias mais ricas, que contempla os domicílios nos quais a renda média salarial é de R$ 2.792,90 ao mês) registrou a menor alta no custo de vida, de 0,59% – queda de 0,01 ponto percentual que o registrado em outubro (0,60%).

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Para as pessoas inseridas no estrato 2 (famílias de nível intermediário, com rendimento médio de R$ 934,17 mensais), o ICV ficou em 0,61% em novembro, contra 0,47% em outubro, uma alta de 0,14 ponto percentual.

Considerando o estrato 1 (composto por um terço das famílias mais pobres, que contempla os domicílios nos quais a renda média salarial fica em R$ 377,49 ao mês), o Dieese aponta que o custo de vida subiu 0,26 p.p. em um mês.

De modo geral, os itens dos grupos Alimentação e Habitação foram os que mais influenciaram as altas verificadas no estrato 1. Com relação à alta dos preços para o estrato de maior renda (3), Transportes e Saúde foram os grupos que mais influenciaram.

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Principais variações

No mês passado, as principais contribuições para o índice geral vieram dos grupos Transporte (1,01%), Saúde (0,84%) e Alimentação (0,62%), que atingiram todos os estratos em novembro, embora com impactos diferentes.

Também contribuíram para a elevação do ICV os grupos Habitação (0,58%), Recreação (0,57%) e Educação e Leitura (0,26%).

Por outro lado, contribuíram para conter o custo de vida a queda nos preços dos segmentos Despesas Pessoais (-0,18%) e Equipamento Doméstico (-0,18%) .

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Acumulado

Nos últimos 12 meses – entre dezembro de 2008 e novembro de 2009 -, o ICV acumula alta de 4,06%. Ao considerar os diferentes estratos de renda, a maior taxa apurada foi a das famílias de maior poder aquisitivo (4,43%). Para as famílias do estrato 2, o índice fica em 3,54%, enquanto para aquelas com menor poder aquisitivo a alta foi de 3,65%.

De modo geral, os aumentos verificados em 12 meses devem-se, especialmente, às elevações apuradas nos grupos Despesas Pessoais (10,84%), Educação e Leitura (7,70%), Habitação (5,96%) e Saúde (3,78%).