Desemprego se mantém estável em abril, com taxa em 11,1%, aponta Dieese

Contingente de desempregados foi estimado em 2,450 milhões de pessoas no quarto mês deste ano, segundo pesquisa

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – A taxa de desemprego da PEA (População Economicamente Ativa) nas sete principais regiões metropolitanas do País ficou praticamente estável em abril, ao passar de 11,2% para 11,1%.

De acordo com os dados da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgados nesta quarta-feira (25) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em abril o contingente de desempregados foi estimado em 2,450 milhões de pessoas, 100 mil a mais do que em março. 

Na comparação com abril do ano passado, quando existiam 2,942 milhões de desempregados, houve queda de 16,7% no contingente. 

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Considerando as diferentes formas de desocupação, nota-se que o nível de desemprego aberto, que representa o conjunto de pessoas sem ocupação à procura de trabalho, também se manteve praticamente estável, com a taxa passando de 8,3% para 8,4% na comparação mensal. Já o desemprego oculto permaneceu estável em 2,8%.

Desemprego por região
Em abril, na análise regional, a taxa de desemprego manteve-se estável em Salvador e Porto Alegre. Recife e em São Paulo registraram  leves quedas, conforme é possível observar na tabela a seguir:

Taxa de desemprego total (%)
Região Metropolitana  Março Abril
Distrito Federal

13,4

13,6
Belo Horizonte 8,5 8,1
Fortaleza 9,3 9,8
Porto Alegre 7,4 7,4
Recife 13,9 13,8
Salvador 15,7 15,7
São Paulo 11,3 11,2
Total 11,2 11,1

Fonte: Dieese/Seade

População ocupada
O nível de ocupação registrou variação significativa apenas em Recife, de 1,3%. Nas demais regiões, permaneceu a estabilidade: São Paulo (0,5%), Belo Horizonte (0,4%), Porto Alegre (0,4%), Distrito Federal (0,4%), Salvador (-0,6%) e Fortaleza (-0,4%). 

Quanto aos setores, o nível ocupacional aumentou principalmente no segmento de Serviços, que deteve 114 mil ocupações, com alta de 1,1%, seguida da Construção Civil (23 mil, alta de 1,8%). Já a Indústria e Comércio reduziram o nível de ocupação em 1% e 0,9%, com redução de 31 mil e 30 mil postos, na ordem.