Crianças, cada vez mais adultas, mudam hábitos de consumo e rotina da família

Estudo realizado pela Ogilvy Brasil constata que o assunto preocupa 83% das classes A, B e C, e 77% das D e E

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Desesperado em ver sua filha, ainda criança, com comportamentos cada vez mais de uma pessoa adulta? Pois bem, a preocupação não é só sua!

Pesquisa realizada pela Ogilvy Brasil revela que 83% da população das classes A, B e C e 77% das classes D e E compartilham da mesma constatação. Mas por que isso acontece?

Comportamento não se reflete só no consumo

Quando se pensa em crianças “adultas”, a primeira coisa que vem à mente é o fato de substituírem os velhos brinquedos e brincadeiras pelos jogos eletrônicos e internet. Entre os entrevistados, independente de classe social, 69% têm vivenciado esta realidade.

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Entretanto, outros fatores têm afetado o comportamento destes pequenos “notáveis”, segundo o estudo: 31% dos entrevistados concordam que os filhos participem mais ativamente dos assuntos de família. Por outro lado, 79% confessaram que discipliná-los está cada vez mais difícil.

Voltando aos velhos tempos, para 75% dos entrevistados a geração dos seus pais tinha mais contato com a família do que eles têm hoje. Uma outra constatação: para 46% das pessoas ouvidas a menor distância entre pais e filhos tira a autoridade dos responsáveis.

A cultura do “novo lar”, destacada pela pesquisa, mostra que, para a grande maioria, a proximidade entre as gerações tem prejudicado a autoridade dos pais. A atual realidade, onde pais e mães trabalham e suprem juntos o orçamento doméstico, tem contribuído para esta mudança de hierarquia, dando mais espaço para a participação das crianças nos diversos assuntos familiares.

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Sobre a pesquisa

O estudo foi realizado entre agosto e setembro de 2005 em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.

A amostra foi dividida em 30,3% de entrevistados das classes A e B, 31,7% da classe C e 38% das classes D e E, de forma proporcional à estrutura atual da população.

Em relação à idade, 25% dos entrevistados possuem entre 18 e 25 anos, 25,5% entre 26 e 35 anos, 24,8% entre 36 e 45 anos e 24,7% acima dos 46 anos de idade.